Novas casas ainda aguardam moradores

Estrela

Novas casas ainda aguardam moradores

Governo orienta famílias contempladas a fazer a mudança até 9 de fevereiro

Novas casas ainda aguardam moradores
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Dois meses após a entrega das chaves do Nova Morada, famílias ainda não ocuparam as residências. A Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação não sabe precisar quantas casas estão desocupadas.

Ontem a aposentada Lucinda Gebin foi à secretaria avisar que fará a mudança na próxima semana, dia 4. Para a filha buscar emprego, ela fica com os netos. Com a retomada dos trabalhos das escolas de Educação Infantil, ela terá tempo e condições de fazer a mudança para a nova casa.

Casos como o dela se repetem. Segundo a assistente social, Tatiana de Oliveira, técnica do projeto habitacional, muitas esperam o período de férias para levar os pertence ao local. Devido à distância, outras aguardam as empresas, onde trabalham, iniciar a circulação das linhas de ônibus no loteamento.

Em alguns casos, faltam recursos para levar os bens. Em outros, familiares ficaram doentes. “Nós sabemos da situação e das dificuldades enfrentadas pelas famílias. Mas a orientação é ocupar as residências o mais rápido possível e dentro de 60 dias.”

A preferência é indicada pela Caixa Econômica Federal. “A agilidade para ocupar tem a finalidade de impedir invasões.” Um caso ocorreu faz pouco em Canoas. A Caixa precisou pedir reintegração de posse para retirar as famílias.

A prefeitura orienta fazer a mudança até dia 9 de fevereiro. A data é o limite para a empresa responsável pela obra resolver problemas que possam surgir nas residências. “Depois desse período, não sabemos qual a periodicidade que virá para Estrela atender as demandas.”

Realização de um sonho

As famílias comemoram a nova vida no loteamento. A satisfação por ter obtido a casa própria supera qualquer empecilho enfrentado.

Apesar disso, a distância do loteamento prejudica aqueles que buscam emprego. O casal Antônio Fernandes, 56, e Elisabete do Amaral Cruz, 38, está desempregados. Os dois procuram emprego. A principal preocupação é com o deslocamento. “Aqui é maravilhoso. É calmo, tranquilo, mas algumas empresas evitam contratar quando a distância é muito longa”, comenta Elisabete.

O marido é pedreiro. Enquanto não consegue emprego formal, trabalha como autônomo. Elisabete está no último mês de seguro- desemprego. Perdeu o Bolsa Família porque o filho mais velho parou de frequentar a escola.

Os dois se revezam para distribuir currículos e cuidar dos filhos. Segundo a auxiliar de serviços gerais, está difícil conseguir uma vaga.

Falta espaço de lazer

Crianças e jovens lotam as ruas no fim da tarde e pela manhã. Gabriela de Aguiar, 27, se preocupa com a situação. Ela tem um filho de 4 anos. “É perigoso. Os carros precisam desviar das crianças.”

Segundo Gabriela, a casa é ótima e está muito bom morar no local. Porém, considera fundamental a destinação de um espaço de lazer para crianças e jovens. “Eu morava no Auxiliadora, lá havia infraestrutura e tinha uma praça na frente da casa. É bom ter a casa própria, mas é necessário criar esse espaço.”

Conforme o secretário da pasta, Itamar Alves, uma planta está pronta, mas o processo envolve algumas etapas.

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