Lajeado completou ontem 126 anos. O aniversário foi comemorado no salão de eventos da prefeitura com a presença representantes da comunidade e apresentação da Orquestra da Slan.
Jaqueline de Carvalho Padilha, 11, é uma das integrantes da banda. Por meio das notas do seu sax tenor, deu os parabéns ao município, que ama em cada detalhe. Nascida no Hospital Bruno Born (HBB), como a maioria dos lajeadenses, Jaqueline carrega nos olhos o brilho de quem vê um futuro melhor.
Para a moradora do bairro Santo Antônio, a cidade oferta boa saúde e educação, porém, tem na segurança a maior carência. “Já vi alguns homens sendo presos em frente à nossa escola.”
Uma situação difícil, mas que para Jaqueline pode ser resolvida com o próprio esforço e dedicação. A aluna de música quer tornar-se professora e disseminar a alegria musical para outras crianças carentes. “É o que eu amo. Vou estudar até conseguir.”
O prefeito Marcelo Caumo também é natural da cidade. Ao longo de seus 39 anos, viu o município se desenvolver. Crescer em população e quantidade de empregos, num processo migratório da agricultura para a indústria.
Pelos próximos quatro anos, ele norteará o futuro da cidade. Responsabilidade que lhe soa como desafio. “Precisamos entender o que nos fez chegar até aqui, e o que é necessário fazer daqui para frente.”
Caumo acredita que a dinâmica empreendedora do município pode trazer oportunidades. Mas é preciso estar atento para aproveitar. Além disso, sabe que é preciso sanar problemas antigos, que trarão maior qualidade de vida à população.
“Há importantes obras de infraestrutura que precisam ser feitas. O tratamento de esgoto também é outro grande desafio. O que nos exige planejamento.” Metas que poderão ser alcançadas por meio da modernização do Plano Diretor, já anunciada pelo governo.
Cidade pacificadora
Para o diretor do fórum, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, os avanços ao longo da história foram inúmeros. Ele cita a solidificação do Ensino Superior como uma das principais conquistas. Assim como o atendimento na saúde, e a atuação dos profissionais da segurança.
Natural de São Jerônimo, considera que um dos desafios é tornar a cidade pacificadora. “Na sua essência Lajeado não é uma cidade violenta, mas pelo seu capital atrai as facções criminosas.” Para minimizar os problemas sociais, concebe que a solução está num trabalho de rede, entre o público, privado e comunitário.
Plantar para colher
O bolo do aniversário foi formado por 126 mudas de ipê-amarelo. A árvore-símbolo do município foi distribuída entre os convidados como um incentivo. “Precisamos plantar hoje para ter bons frutos amanhã. É um convite a pensar na cidade, no futuro”, disse Caumo.
