Com a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) de desclassificar a equipe masculina da Jamaica no revezamento 4X100 metros das Olimpíadas de Pequim 2008, o Brasil se tornou medalha de bronze. A deliberação, divulgada ontem, foi tomada após o teste de Nesta Carter apontar positivo para a substância metilhexanamina, proibida pelo COI.
Com isso, o velocista jamaicano Usain Bolt perdeu uma das nove medalhas de ouro olímpicas porque Carter era seu companheiro da equipe de revezamento. Assim, a equipe de Trinidad e Tobago fica com o ouro, seguida pelo Japão com o Brasil em terceiro lugar.
Com a confirmação oficial do COI, Vicente de Lima, que conquistou a prata na mesma prova em Sidney 2002, Bruno Lins, Sandro Viana e José Carlos Moreira, o “Codó”, se tornam medalhistas olímpicos. Eles fizeram a prova em 38’24”, contra 38’05” dos japoneses e 38’06” da equipe de Trinidad. Na época, os jamaicanos marcaram 37’01’, quebrando o recorde mundial da prova.
Bolt perde posto
A medida do COI também muda a vitoriosa trajetória de Bolt, um dos maiores atletas olímpicos da história. Nos jogos do Rio de Janeiro, em 2016, o jamaicano igualou o feito do finlandês Paavo Nurmi e do norte-americano Carl Lewis, que conquistaram nove medalhas de ouro. Porém, como a decisão do comitê é que toda a equipe devolva as medalhas, Bolt perde o posto entre os maiores medalhistas da história do atletismo.