A capoeira avança sobre a calçada em vários pontos da cidade. Na rua Carlos Sphor Filho, há trechos onde o pedestre desvia do inço e se arrisca na rua. O industriário Marcos Silveira, 42, afirma que passa pelo local todo dia, por volta das 15h. “Muitas vezes vou pelo acostamento.”
De acordo com o comerciante, Vilmar Eberhardt, 56, faz mais de três meses que o serviço não é feito naquele trecho. Conta que o local serve como esconderijo para roedores e cobras. “Esses dias matei uma cobra que saiu daquele mato em direção à lancheria”.
A vegetação também prejudica o trânsito, como em trecho na ERS-413. Para os motoristas que se deslocam no sentido bairro-centro, a visibilidade é precária próximo à ponte, devido à altura do capim, maior do que as placas de sinalização.
O serviço de roçadas da administração municipal começou no início do ano e era feito apenas pelos servidores da prefeitura. Agora, a empresa BGV foi convocada para o trabalho.
Conforme o coordenador do Departamento de Agricultura, Adi Cerutti, devido à demanda em todos os bairros, não foi estabelecido um cronograma para atendimento. “Trata-se de uma situação emergencial. Faremos conforme maior urgência”, justifica.
O coordenador afirma que o cronograma de atendimento será feito na medida em que os locais considerados como prioridade forem sendo atendidos.
Sobre a roçada a ser feita nas laterais da ponte da ERS-413, afirma que é de responsabilidade do Estado.
Outros trechos como a Praça Clara Maria Schorr, bem como Praça da Matriz, área de lazer em frente à creche do bairro Moinhos D’Água e Travessa Jachetti, no Conservas, foram atendidos ainda ontem.
Na av. Décio Martins Costa e na rua Bento Rosa, entre os bairros Centro e Hidráulica, até o viaduto sob a BR-386, os servidores cortaram e limparam a capoeira. Nos próximos dias, o serviço será feito na rua Carlos Sphor Filho e av. Beira Rio, passando pelos bairros Praia, Conservas, Santo Antônio e Morro 25.
Ontem, funcionários da empresa BGV limparam a av. Décio Martins Costa
Não há previsão para análise do contrato
Na semana retrasada, o governo suspendeu o contrato com a empresa Mecanicapina, que também fazia roçada. Segundo o coordenador, a análise do contrato da Mecanicapina não tem previsão de conclusão. “No momento, estão sendo avaliados os valores cobrados para execução dos serviços que constam no contrato.”
Hoje, seguem em operação os serviços da empresa BGV, sem necessitar do auxílio de outra. As 24 pessoas da BGV e os três servidores da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura (Sedetag) dão conta da demanda, sustenta Cerutti.
