Casa de Acolhida fecha em março.   Governo quer melhorar convênios

Lajeado

Casa de Acolhida fecha em março. Governo quer melhorar convênios

Local abriu em junho do ano passado e abriga moradores de rua

Casa de Acolhida fecha em março.   Governo quer melhorar convênios
Lajeado

O proprietário da residência onde foi instalada a Casa de Acolhida abriu mão do aluguel nos três primeiros meses deste ano. Mesmo assim, conforme o secretário de Habitação e Assistência Social (Sthas), Lorival Silveira, a casa deverá ser fechada em março e os frequentadores transferidos à Associação Abrigo São Chico.

Em dezembro de 2016, Silveira havia cogitado a possibilidade de manter as atividades no local, mas aponta dificuldades em reformar e ampliar, devido ao alto custo. A manutenção, segundo ele, custava ao mês R$ 26,5 mil, somando contas de água, luz, aluguel e despesas de pessoal como zeladoria e vigilância.

Agora, há a possibilidade de aumentar o convênio com a Associação Abrigo São Chico. Ele projeta 15 novas vagas na instituição que conta com apoio técnico e assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras.

Hoje, o abrigo recebe R$ 32 mil mensais. A partir de abril, o valor sobe para R$ 46 mil. “Eles se comprometeram a melhorar a estrutura e aumentar os espaços do abrigo para absorver mais pessoas”, disse o secretário. O horário de atendimento também será expandido. Antes era só à noite, agora deverá ser 24h por dia.

Prevenção a mortes por frio

No ano passado, a Casa de Acolhida foi inaugurada após um morador de rua ter morrido por hipotermia, embaixo de uma residência em ruínas, no bairro Montanha. No primeiro mês, 20 pessoas residiam no local.

O prédio havia sido locado ao custo de R$ 3,3 mil mensais. Cerca de 60 voluntários atuaram para atender a demanda. Era oferecida alimentação, banho quente, cama e amparo psicológico, visto que a maioria era alcoólatra e usuária de drogas ilícitas.

A equipe do CAPS-AD passou a monitorar os frequentadores. A maioria (80%) passou por um processo de redução de danos. Dos 20 usuários, 16 foram desintoxicados no sistema ambulatorial. Os profissionais tentaram ainda auxiliar na retomada de vínculos familiares e na confecção de documentos pessoais. Procuram ainda possibilidades de emprego a essas pessoas.

O Abrigo São Chico existe desde 2001. Por 12 anos, teve uma parceria com a Entidade Obra Social São Cristóvão e, a partir de agosto de 2013, com a Associação de Deficientes Físicos de Lajeado (Adefil). No início de 2015, o local deixou de ser um serviço dependente e adquiriu a própria razão social, passando então para Associação Abrigo São Chico. O acolhimento pode ser temporário ou permanente àqueles que utilizam as ruas como espaço de moradia.

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