Vigilância fiscaliza salas de vacinas

Vale do Taquari

Vigilância fiscaliza salas de vacinas

Em Taquari, entrega foi suspensa

Vale do Taquari

A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) vistoria hoje a sala de vacinas de Taquari para avaliar as condições do local. A entrega de doses está suspensa em razão da falta de condições de armazenamento. O principal problema são as más condições de refrigeração, o que compromete a eficácia da vacinação.

Desde o dia 12, a entrega de doses de vacinas foi cancelada depois que a 16ª CRS constatou que estavam sendo guardadas em condições precárias. O município foi o terceiro da região a ter a entrega suspensa por problemas de refrigeração. Em 2016, Putinga e Boqueirão do Leão passaram pelo mesmo problema.

Segundo o coordenador da CRS, Ramon Zuchetti, os dois municípios já fizeram as adequações exigidas e voltaram a receber as vacinas. De acordo com ele, o problema em Taquari é simples de ser resolvido. “Pedimos, principalmente, o controle de temperatura. Solicitamos a compra de termômetros para resolver isso.”

Três salas apresentaram problemas de armazenamento no município. Em entrevista concedida ao A Hora ontem, 18, a coordenadora do Setor de Epidemiologia da CRS, Érika Ribeiro, destacou os problemas causados pela falta de refrigeração no armazenamento de vacinas. “Elas perdem o efeito se estiverem em ambientes com temperatura abaixo de 2ºC ou acima de 8ºC.”

Durante as inspeções, Érika encontrou vacinas guardadas em geladeiras domésticas, maneira totalmente imprópria. Além do armazenamento impróprio, ela constatou problemas de higiene, com uma grande rotatividade de funcionários e sem o sistema de nobreak, que garante o funcionamento dos refrigeradores em caso de falta de energia.

Atrasos aos médicos

Em reunião realizada ontem, representantes dos médicos que trabalham no Hospital São José, de Taquari, cobraram o pagamento de valores atrasados. Em outubro do ano passado, o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) enviou ofício ao Ministério Público (MP) do município questionando o atraso dos honorários médicos.

O sindicato questionava o uso de R$ 4 milhões, depositados pelo governo estadual nos cofres do município. Segundo o ofício entregue ao MP, a direção do São José justificou o não pagamento dos salários em razão de atrasos de repasses estaduais e municipais.

A gestão do hospital é feita pelo Instituto de Saúde e Educação Vida (Isev). No encontro de ontem, ficou definido que uma nova reunião será feita no fim de março, quando serão apresentados os dados corretos a respeito da situação do hospital. Zuchetti garante que ainda não foi calculado quanto é devido aos médicos. Também esteve presente o prefeito Emanuel Hassen de Jesus, o “Maneco”. A reportagem tentou contato com o gestor municipal, mas ele não atendeu até o fechamento da edição.

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