Falta de horas extras  fecha sede dos bombeiros

Estrela

Falta de horas extras fecha sede dos bombeiros

Por dez dias, quartel de Lajeado atende 22 cidades

Falta de horas extras  fecha sede dos bombeiros
Estrela

O Corpo de Bombeiros de Estrela ficará fechado por dez dias, a partir deste sábado, 21. A medida é motivada pelo corte de horas extras no batalhão. Das 800 necessárias para este mês, apenas cem foram pagas pelo Estado e se esgotam amanhã.

Conforme o responsável interino pela unidade, sargento Milton Roque Rockenbach, o montante de horas é essencial para o funcionamento devido ao baixo efetivo. Dos 23 servidores do batalhão, oito estão na Operação Golfinho e outros dois estão afastados por férias e licença-paternidade. Um total de 13. “Não posso colocar ninguém na escala sem a garantia de pagamento. Como as horas normais e extras acabaram preciso desse valor”, explica.

Segundo o comandante regional do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Cesar Eduardo Bonfanti, a última solicitação de repasse foi feita na terça-feira. Mas até ontem o governo não havia dado qualquer retorno.

“Estamos priorizando Estrela. Qualquer dinheiro que entrar no comando será repassado para lá. Se conseguíssemos diminuir o número de dias, já estaria bom.” Ele relata que no mês passado o batalhão iria fecharia, e a verba chegou no dia anterior. Porém, desta vez, o montante é maior, o que complica a situação. “Mesmo assim, esperamos receber.”

Para Rockenbach, o momento é doloroso. “Trabalho faz mais de 25 anos aqui e nunca passei por algo tão constrangedor.” Ele afirma que se solidariza com a população, mas por enquanto não há outra alternativa. “Para nós é extremamente difícil fazer isso”, enfatiza.

Sob a responsabilidade de Lajeado

Caso a falta de repasse se mantenha, apenas um servidor de plantão permanecerá na unidade a partir de sábado. Ele atenderá os telefonemas e passará as ocorrências a Lajeado, que deve prestar o atendimento. Em média, são três por dia, que variam entre acidentes de trânsito, incêndios, quedas de árvores, afogamentos e remoção de fontes de perigo. Além disso, o batalhão realiza o trabalho de prevenção, que consiste na avaliação e liberação de alvarás.

O acúmulo de trabalho pode provocar um colapso no Corpo de Bombeiros do polo do Vale. Com um efetivo de apenas quatro servidores diários – um exclusivo para atender os telefonemas – o batalhão abrange 13 municípios. Após a paralisação de Estrela, ficará responsável por um total de 22 municípios.

As únicas alternativas de auxílio seriam a base de Encantado, que conta apenas com três servidores, e o batalhão de Venâncio Aires, localizado a pelo menos 30 quilômetros de distância de Lajeado – 40 minutos de viagem. Outra opção seria os Bombeiros Voluntários de Teutônia, que atendem a área específica do município.

“O tempo de resposta será nosso pior problema se isso acontecer. Quando tínhamos algo mais distante, contávamos com Estrela. Agora ficaremos sem esse apoio”, cita o responsável interino pelo Corpo de Bombeiros de Lajeado, sargento Eloir Pasch. Além de Estrela, somente batalhões do Vale do Rio Pardo têm previsão de paralisação para este mês.

 

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