Instituto reabre para cirurgias em fevereiro

Encantado

Instituto reabre para cirurgias em fevereiro

Procedimentos foram paralisados em dezembro de 2015, após interdição do local

Instituto reabre para cirurgias em fevereiro
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O Instituto de Oftalmologia de Encantado pretende retomar, a partir de 20 de fevereiro, as operações nos dois blocos cirúrgicos. Em relatório concluído na semana passada, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) apontou que a casa de saúde está apta a realizar cirurgias. Porém, ainda não desinterditou o local. O órgão aguarda uma solicitação do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Taquari (Consisa). Segundo o secretário-executivo do consórcio, Nilton Rolante, a documentação já foi requerida. Mas considera que os apontamentos feitos pelo Cevs já são suficientes para o instituto planejar a retomada. “Para nós está tudo correto.” Rolante afirma que todos os procedimentos serão realizados na mesma semana, como era feito antes da interdição. Mas agora serão respeitados os limites estabelecidos pelo Estado.

Limite de cirurgias

Conforme firmado em contrato, o instituto pode realizar até 40 cirurgias mensais. Depois da última vistoria, o Cevs também estabeleceu um limite diário. A partir de agora, a casa de saúde poderá realizar, no máximo, oito cirurgias por dia em cada bloco cirúrgico, quatro por turno. Para o órgão, esse é um limite seguro de operações, tendo em vista a quantidade de pessoal e equipamentos da casa de saúde.

O limite só poderá ser ampliado se houver a contratação de uma enfermeira exclusiva para o Centro de Material Esterilizado (CME), além da instalação de uma lavadora ultrassônica e aquisição de oito canetas de foco emulsificador. Passando, assim, para 16 operações por dia, em cada bloco.

Hoje, mais de duas mil pessoas, dos 37 municípios atendidos pelo instituto, aguardam por uma cirurgia de catarata.

Todo o processo de retomada será acompanhado por uma comissão de secretários da Saúde da região. A cada 60 dias, eles farão reunião com o Consisa e 16ª CRS para analisar o trabalho.

Vistoria

A principal demanda avaliada pelo Cevs na última vistoria foi o sistema de climatização do bloco cirúrgico. Aparelhos de ar-condicionado haviam sido instalados de forma incorreta, conforme inspeção realizada em agosto do ano passado.“Esse problema gerou um atraso de 90 dias no processo de reestruturação, mas agora está tudo correto”, afirma Zuchetti.

Segundo Rolante, o Consisa investiu cerca de R$ 180 mil em toda a obra, que durou cerca de oito meses. “Precisávamos fazer de acordo com os recursos disponibilizados pelos municípios.” Além da instalação do sistema de recirculação de ar, foi feita a separação de ambientes, troca de portas, construção de farmácia junto ao bloco cirúrgico, colocação de gesso e alteração do fluxo dos pacientes.

Relembre o caso

O bloco cirúrgico e o centro de esterilização de materiais foram interditados em dezembro de 2015. Ocorreu após denúncias de que ao menos 21 pessoas perderam a visão de um olho depois de passarem por cirurgia de catarata. Conforme investigações do MP e da Polícia Civil (PC), as vítimas foram contaminadas por bactérias em cirurgias realizadas entre outubro de 2014 e agosto de 2015, devido à falta de esterilização dos equipamentos e outras falhas na condução dos procedimentos.

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