Governo quer reunir Apama, moradores e MP

Lajeado

Governo quer reunir Apama, moradores e MP

Possível ampliação de sede é alvo de críticas

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A polêmica envolvendo a sede da ONG Amando, Protegendo e Ajudando Muitos Animais (APAMA) na localidade de Alto Conventos está longe de chegar ao fim. Em um terreno localizado próximo ao entroncamento da estrada geral que leva a Santa Clara do Sul e à ERS-421, mais de 300 cachorros vivem em canis improvisados e mantidos por voluntários. Situação incomoda vizinhos.

No fim do ano passado, o ex-secretário de Meio Ambiente (Sema), José Antunes, participou do último encontro com moradores que vivem próximo aos canis. Ele não soube precisar qualquer solução para o impasse. Agora, o problema é da nova gestão.

O novo secretário da Sema, Luis Benoitt, confirma que a nova administração municipal já foi procurada por moradores de Conventos para tratar sobre a questão envolvendo a Apama. Eles reclamam, principalmente, do barulho e do mau cheiro.

“Tivemos apenas alguns contatos telefônicos iniciais já no fim do ano passado, mas nenhuma conversa ou reunião pessoal ainda. Neste início dos trabalhos, estamos estudando essas e outras questões para fazer um diagnóstico dos temas que teremos que encaminhar”, afirma Benoitt.

A sugestão do secretário é realizar, “tão logo seja possível”, uma reunião com a ONG, a comunidade e ainda representantes do Ministério Público (MP) de Lajeado. “Para assim podermos encaminhar a solução mais adequada para todos”, conclui.

Na tarde de ontem, a reportagem tentou contato telefônico com representantes da ONG para buscar a versão deles sobre a polêmica com os moradores, mas não obteve retorno. O A Hora também foi até o local mas, por volta das 16h30min, não havia nenhum responsável junto aos canis para responder aos questionamentos.

No canil improvisado, mais de 300 cães abandonados e vítimas de maus-tratos estão sob os cuidados de voluntários

No canil improvisado, mais de 300 cães abandonados e vítimas de maus-tratos estão sob os cuidados de voluntários

Proposta de ampliação

Em novembro passado, o empresário Léo Katz anunciou a intenção de viabilizar a ampliação da sede. A ideia era garantir recursos junto à comunidade. Um projeto arquitetônico chegou a ser elaborado pela Tratto Arquitetura. A primeira parte previa 12 baias para abrigar cerca de 50 animais, com a possibilidade de incluir outras 200 baias, separando animais de acordo com as condições físicas e comportamento.

A ideia dos voluntários pegou mal entre moradores da proximidade. No fim daquele mesmo mês, com a presença de Katz e do então secretário da Sema, Antunes, a comunidade organizou uma audiência para pedir a saída da Apama do local. A maioria afirma compreender a importância do trabalho da ONG, mas se queixa do excesso de barulho. Um novo encontro está marcado para a primeira semana de fevereiro.

O que é a Apama

A Apama atua faz quase três anos em Lajeado. Além de recolher animais no município, já resgatou cães em Cruzeiro do Sul, Santa Clara do Sul, Boqueirão do Leão, Sério, Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. A despesa mensal da ONG gira em torno de R$ 30 mil. Só o custo com ração é de R$ 10 mil. Doações e promoção de eventos viabilizam o trabalho.

O trabalho da ONG não consiste apenas em abrigar e cuidar dos cães. A Apama também encaminha os animais mortos para cremação e realiza diversos trabalhos de divulgação para a adoção de animais. Hoje, a equipe carece de voluntários e também precisa de papelão, cobertores velhos, vermífugo e produtos para combater pulgas.

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