Governo ainda avalia déficit nas creches

Lajeado

Governo ainda avalia déficit nas creches

Aulas iniciam em menos de três semanas. Mais de 400 esperam por uma vaga

Governo ainda avalia déficit nas creches
Lajeado
oktober-2024

A falta de vagas na Educação Infantil atinge mais de 400 famílias. O governo ainda não estabeleceu qualquer medida que possa contornar o quadro até o início das aulas, daqui a três semanas, em 6 de fevereiro.

Conforme dados apresentados pela Secretaria da Educação (SED), no ano passado, cerca de 400 crianças aguardavam na fila. A maior falta afetaria alunos com até 3 anos de idade. Para a atual secretária da Educação, Vera Plein, não há um número exato dessa demanda.

A falta de dados precisos, segundo Vera, dificulta o planejamento e as ações para suprir a insuficiência. Diz que uma análise criteriosa sobre a questão está em andamento.“Sabemos que o problema existe, mas não sabemos o tamanho. Quando esse levantamento estiver concluído, poderemos definir as ações necessárias, no médio prazo, para resolver o problema.”

Ela garante que turmas já estariam sendo reorganizadas para oferecer mais vagas. Outra alternativa apontada seria a matrícula dos alunos de 4 e 5 anos na pré-escola de algumas instituições de Ensino Fundamental. Até o ano passado, 63% das crianças dessa faixa etária ainda frequentavam as Escolas Municipais de Educação Infantil. “Colocando eles em turmas criadas nas de Ensino Fundamental, podemos abrir mais vagas nas creches e atender parte da demanda dos menores.”

Porém, a SED não tem uma estimativa de quantos alunos devam deixar as creches e entrar nas escolas. O que impossibilita a contagem de vagas que poderiam ser ofertadas.

Outra opção, apontada pelo prefeito Marcelo Caumo, seria a locação do antigo prédio da AES Sul, próximo ao Parque do Engenho. No local, poderiam ser abertas 150 vagas. Mas, segundo Vera, a possibilidade ainda está em fase de estudos.

Em obras

Enquanto isso, o prédio da creche de Conventos segue em construção. As atividades devem iniciar somente em agosto. Com recursos do FNDE, serão investidos cerca de R$ 1,8 milhão no espaço de 1,5 mil metros quadrados. O complexo terá capacidade para atender 396 crianças em dois turnos ou 188 em período integral. A escola terá ainda pátio coberto e praça.

Espera e Angústia

A caixa Marcia Isabel Nunes, 24, moradora do bairro Floresta, é uma das mães que aguarda por uma vaga. Ela fez a inscrição na Aprender Brincando, do bairro Moinhos, e já sabe que não conseguirá colocar Cecilia na creche até os 4 meses de vida. “Me falaram que pode demorar até um ano. Talvez para abril tenha alguma coisa.”

Como começa a trabalhar em fevereiro, Marcia já calcula os prejuízos. Caso não consiga a vaga, precisará largar o emprego. “Teria que pagar uma cuidadora, mas elas cobram em torno de R$ 400. E eu não tenho condições.” Outras três opções de creches foram colocadas na ficha de Marcia, mas a situação seria a mesma da primeira. “Já me disseram que está tudo cheio e sempre com lista de espera, com preferência para os moradores do bairro.”

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