A Polícia Civil (PC) identificou o autor dos disparos contra um jovem de 16 anos na madrugada de domingo, 15. Segundo as investigações, o crime foi praticado por outro adolescente, da mesma idade da vítima. A tentativa de homicídio ocorreu na rua Padre Anchieta e, de acordo com levantamentos preliminares, foi motivada depois de uma discussão por ciúmes.
O adolescente suspeito de efetuar os disparos é natural de Panambi e filho de um dos homens detidos na tarde de domingo na Lagoa da Garibaldi, em Linha Garibaldi. Os dois foram presos após a Brigada Militar (BM) receber a denúncia que Fábio Leandro Severo, 40, e Lourival Freitas Carvalho, 46, assumiram o crime.
Eles estavam em um carro blindado com placas de Porto Alegre. Com a dupla, foram encontrados um revólver calibre 22, com quatro munições intactas e três utilizadas, e uma pistola 380 com 31 munições. Foram detidos em flagrante por porte ilegal de armas, mas liberados poucas horas depois devido ao pagamento da fiança de R$ 2 mil.
De acordo com o delegado Humberto Messa Roehrig, o adolescente suspeito estava com os dois homens, mas não foi detido.
Segundo Roehrig, o jovem é filho de um dos presos e tem parentesco com o outro e seria o autor dos disparos. O delegado descarta a possibilidade de o crime ter ligação com o tráfico de drogas. “Houve uma confusão envolvendo os dois adolescentes e um deles disparou.” O delegado afirma que o agressor foi reconhecido pela vítima.
Após as investigações, o caso foi encaminhado ao Ministério Público (MP). “Temos que ouvir algumas testemunhas, a princípio temos 30 dias para concluir as investigações, mas acredito que vamos conseguir encerrar em um tempo menor.”
Versões contraditórias
Diferente do que diz a polícia, o pai do jovem baleado, Vanderlei Antonio da Silva, garante que os autores do disparo e da agressão são os homens presos pela BM. “Não tinha menor, o homem que disparou tinha entre 30 e 40 anos.” Ele afirma que os dois foram identificados pelo filho. “O nome deles foi divulgado na rádio e então procuramos na internet e ele os reconheceu.”
Segundo a versão de Silva, o filho teria sido agredido sem motivação antes de receber o disparo que o atingiu na perna. “Ele estava passando com uma menina e um dos homens disse para ele ‘e aí machão’ e logo depois deu uma garrafa no rosto e um soco no meu filho. Ele revidou e outro homem atirou nele.”
Silva garante não ter inimigos e desconhecer os agressores do filho. Se mostra preocupado com a liberação dos adultos. “Nunca tivemos problemas com ninguém, não sei nem o que falar. Eles prenderam os caras e já soltaram.” Segundo ele, o filho deve ficar recolhido em casa por medidas de segurança. “O delegado disse para ele ficar em casa, não sair mais e se cuidar. E ele não vai mais sair.”
