A falta de vagas de estacionamento, nas vias centrais da cidade, é um problema antigo e pertinente. Enquanto o município se destaca na região pelo rápido desenvolvimento econômico, a estrutura urbana não está preparada para suportar os efeitos do crescimento.
Devido à maior oferta de empregos, novos moradores passam a residir no município. Com isso, a frota de veículos cresce e gera uma série de transtornos. A falta de vagas no estacionamento no centro é um dos principais problemas.
O tema foi discutido com gestores do município, mas nenhuma ação colocou fim ao impasse. De acordo com o Departamento de Trânsito, um estudo está em execução para tentar solucionar o imbróglio.
De acordo com a gerente de uma loja de colchões Patrícia Aline Schmidt, essa é uma luta de anos. Reuniões foram promovidas mês a mês pelos comerciantes da primeira e segunda quadra da rua principal, mas não houve resultado. “Estamos sempre esperando. Não pretendo fazer mais nada para buscar alternativas ao problema.”
Na avaliação dela, a medida mais interessante seria adotar a mesma prática usada na Rua de Eventos. No local, uma pessoa controla o tempo que cada veículo permanece. Caso o motorista mantenha o carro por mais de uma hora, ele é guinchado. “Isso deveria ser estendido às outras ruas, mas a prefeitura afirma que não tem condições de contratar profissionais para fiscalizar.”
Patrícia trabalha na rua Dr. João Carlos Machado faz sete anos. Para não tirar vagas dos clientes, estaciona nas vias transversais. Mas reclama dos moradores do entorno e dos próprios lojistas que ocupam vagas na via principal.
A gerente de lojas de roupas femininas, Natalia Klepker, acredita que o estacionamento pago não é o caminho para solucionar o impasse. “Tive um grande problema no shopping por isso. Muitas clientes vêm de Lajeado para cá e valorizam o estacionamento gratuito.”
O servente de Pedreiro Marco Antônio Ames, 40, sugere criar estacionamentos públicos em terrenos privados da cidade. “Para que não seja muito custoso, a administração poderia isentar de imposto os proprietários como contrapartida.”
Próximos 100 dias
Segundo informações do Departamento de Trânsito, o problema está em análise e o Executivo espera apresentar alternativas dentro dos primeiros cem dias de governo.
Durante a campanha eleitoral, o então candidato, Klaus Schnack, apontou as obras de mobilidade como uma das prioridade para sua gestão. Além de viabilizar melhorias na RSC-130, tem como meta realizar uma série de adequações no fluxo da área central da cidade. Na época, disse que uma comissão seria formada para analisar alternativas a fim de qualificar a mobilidade urbana.
