Vidas marcadas pelo Ceat

Lajeado

Vidas marcadas pelo Ceat

Ex-alunos relembram histórias que marcaram a passagem pelo Colégio Evangélico Alberto Torres

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Lajeado

O Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) completa 125 anos neste domingo, 15. A história de ensino da primeira escola do Vale do Taquari está entrelaçada com o desenvolvimento regional. Fundada por imigrantes de origem alemã apenas um ano depois da criação do município de Lajeado, já acolheu muitos jovens que se revelaram como lideranças regionais.

A escola, que é uma das 50 instituições vinculadas à Rede Sinodal de Educação, atende 1,1 mil alunos em Lajeado e mais 300 na unidade de Roca Sales. Com raiz na comunidade de confissão luterana, celebra aniversário por meio do resgate dos valores e da sua biografia. “Quando observamos o desenvolvimento do Vale percebemos que trabalhamos e participamos da nossa sociedade”, lembra o diretor geral Rodrigo Ulrich.

Para este ano, o Ceat prevê a ampliação das provas de proficiência de língua estrangeira. “A demanda é importante para o futuro cidadão. Além do aluno entrar no nível avançado de língua alemã, referendado pelo governo da Alemanha, também implantaremos a proficiência em língua inglesa. Seremos, inclusive, um centro aplicador da Universidade de Cambridge.”

Os 210 funcionários oportunizam o conhecimento de crianças do Educação Infantil até jovens dos ensinos Fundamental e Médio. A proposta é torná-los sujeitos ativos na comunidade onde vivem.

“A base do ensino está no tripé: família, professores e alunos. Os docentes estão envolvidos em formação continuada e qualificda. Já os alunos são comprometidos com o saber. Entendem que é preciso dedicação, esforço e envolvimento. Os pais, por sua vez, sabem que investimento e participação ativa são fundamentais para atingirmos os objetivos.”

Segundo Ulrich, um dos segredos é investir em estrutura e organização. “Todas as atividades acompanham o avanço. Os laboratórios, por exemplo, têm características universitárias. Áreas como a música e artes cênicas e o esporte também recebem incentivo permanente.” O teatro inaugurado no ano passado é uma amostra. “O espaço é referência estadual e abre oportunidade ao estudante de envolver-se com a arte, desenvolver a oratória ou aprender a tocar um instrumento.” Outro diferencial é a Educação Infantil. “São mais de 90 anos de história. Na oferta do berçário, também somos vanguardistas. Fomos os primeiros a oferecer um local para essa faixa etária na cidade.”

Angela na viagem das Oitavas

Angela na viagem das Oitavas

“Preservo amizades  até hoje”

Angela Fiorioli Dahmer estudou no Ceat na década de 1980. Estar no colégio era como estar em casa. “O local sempre ofereceu um espaço verde bacana, muito agradável para passar horas como os amigos. As amizades daquele tempo, preservo até hoje.” Para ela, a base do ensino está calcada na moral. “Os professores eram muito próximos. A conversa sobre o desempenho sempre foi franca.” Ela lembro das aulas de arte e até das aulas de datilografia. “No laboratório, o professor ensinava física com carrinho de lomba. Lembrar das matérias é também lembrar dos vários momentos que vivi lá.”

Turma formou a Franchicos

Turma formou a Franchicos

“Tenho imensa gratidão ao colégio”

Hélio Schauren lembra das regras e respeito aos espaços. “Algumas áreas podiam ser ocupadas, outras eram territórios dos ‘mais velhos’.” Os “amigos para sempre” foram consolidados com risos e choros. “Vivi a criação de um projeto que até hoje nos acompanha: a Banda Franchicos, lá em 1993.”

Além da música, os laços criados no Ceat fazem parte da rotina. Toda terça-feira se reúne com a turma em uma confraria. “Falar de quem sou hoje e do profissional que me tornei é com um imenso orgulho e gratidão.”

Grêmio Estudantil Geat em 1987

Grêmio Estudantil Geat em 1987

“O Ceat contribuiu intelectualmente para a minha formação”

O gerente administrativo e financeiro da Fruki, Fernando Röhsig, foi da diretoria do Grêmio Estudantil Geat em 1987. “Estávamos praticamente o dia todo na escola, sempre envolvidos com alguma atividade.” Segundo ele, é bom recordar atividades como a viagem das oitavas, piqueniques, viagens. O seu interesse por liderança vem da época. “ O Ceat contribuiu para a minha formação integral e para a vida.” Acredita que o principal legado é a cultura organizacional. Hoje o filho também segue os passos. “Quanto mais afinada for relação entre família e escola, muito melhor e bem mais fácil será a educação.”

Cronologia

ceat colegio LINHA DO TEMPO1914 – A escola passou a ser internato. O modelo seguiu até 1984.

1925 – A escola recebeu denominação de Colégio Lajeadense.

1931 a 1945 – O colégio sediou os Tiros de Guerra.

1934 – Fundado o Jardim de Infância da Comunidade Evangélica.

1941 – A escola passou a ser chamada de Colégio Alberto Torres.

1942 – Implantação do Curso Comercial Básico. A denominação passa a ser Escola Comercial Alberto Torres.

1946 – Implantação do Curso Técnico em Contabilidade. A denominação passa a ser Escola Técnica de Comércio Alberto Torres.

Década de 50 – Início da construção do prédio principal na quadra das ruas Júlio de Castilhos, Alberto Torres, Bento Gonçalves e Carlos von Koseritz.

Década de 60 – Construção de um novo prédio para o internato na esquina da rua Alberto Torres com a Bento Gonçalves.

1998 e 1999 – Construção do Ginásio de Esportes na rua Alberto Torres.

2007 – Inauguração da ampliação do prédio da Educação Infantil.

2009 – Inauguração do “Livro”, estrutura que cobre as quadras de esportes.

2011 – Implantação de Ceat Região Alta, sediado em Roca Sales. O objetivo da expansão foi de intensificar o atendimento às famílias na direção norte do Vale do Taquari.

2013 – Inauguração do novo prédio, na esquina das ruas Bento Gonçalves e Alberto Torres.

teatro ceat linha do tempo2015 – Retomada da oferta de cursos técnicos. Início das aulas para a primeira turma do Curso Técnico em Enfermagem.

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