Impasse sobre licenciamento do aterro preocupa Executivo

Teutônia

Impasse sobre licenciamento do aterro preocupa Executivo

Licença vence em 2 meses. Depósito na cidade depende da Fepam

Impasse sobre licenciamento do aterro preocupa Executivo
Teutônia

O prazo para o uso do aterro sanitário encerra em março. Conforme o secretário do Meio Ambiente e Agricultura, Gilson Hollmann, foi solicitado aval da Fepam para exceder a capacidade.

A equipe acredita na aprovação da medida para aproveitar a unidade até 2018. Durante o período, pretende estruturar o setor para qualificar o gerenciamento do lixo.

O Conselho Municipal de Meio Ambiente, desativado nos dois últimos anos, deve ser retomado. O aumento na geração de resíduos exige olhar abrangente e com participação de líderes, acredita o secretário. Por meio das reuniões, deseja alinhar projetos de conscientização ambiental a serem desenvolvidos na comunidade.

O relatório apresentado pela administração anterior revelou geração de 320 toneladas de lixo por mês. O índice tende a aumentar em até 80 toneladas mensais.

Criar na população o hábito de separar os rejeitos é um desafio. Outra medida sugerida é a divulgação ampla do calendário de coleta orgânica e de lixo seco.

Problema se arrasta desde 2010

O aterro sanitário situado próximo à divisa com Estrela comporta duas valas para depósito. A primeira foi construída em 1997. A infraestrutura atendeu a demanda até 2010, mesmo ano em que a segunda unidade teve licença ambiental aprovada pela Fepam. Ela estava projetada para uso durante dez anos, entretanto, se esgotou quatro anos antes. O projeto da terceira vala foi encaminhado no segundo semestre de 2016 e ainda está em análise pela instituição reguladora.

Às vésperas de encerrar a validade do alvará, a equipe elaborou laudo sugerindo colocação de membrana nas bordas para ultrapassar a demarcação inicial. A medida paliativa foi aceita e vale até março.

A administração municipal chegou a analisar o envio de lixo a Minas do Leão. O polo estadual de depósito de lixo cobra R$ 90 por tonelada. A despesa média seria de R$ 29 mil mensais. Licitação para contratar transporte foi aberta. Apesar de onerosa, a opção pode auxiliar o Executivo.

Reciclagem gera emprego e renda

Por meio de licitação, empresa com sistema cooperativo auxilia na separação dos resíduos. Os 15 integrantes retiram materiais recicláveis para venda. O dinheiro arrecadado é dividido entre todos, resultando em renda média de R$ 1,7 mil.

O responsável pela equipe, Francisco Leopoldo dos Santos, 31, relata que o descarte incorreto do lixo é o grande vilão para o trabaho. Restos de alimentos, tecidos, equipamentos eletrônicos, lâmpadas, vidros e pneus chegam misturados.

A perspectiva de aumento na geração de lixo anima quem retira do lixo o sustento. Santos já estuda meios para ampliar o número de cooperados. A infraestrutura para o trabalho também carece de reformulação.

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