Poeta procura ajuda para publicar o segundo livro, Espelhos d’Água. Juliano Stapenhorst Schwarz tem 157 poemas elaborados para publicação. O material é levado com apreço na mochila que o acompanha. Para concluir o trabalho, precisa de investimento.
Schwarz começou a escrever em 2004 quando divulgou livreto artesanal, com 12 poemas. Em seguida, passou a pesquisar e buscou publicação com recursos oriundos da Lei de Incentivo a Cultura. O processo levou três anos até que conseguisse alinhar os trâmites burocráticos. A Cooperativa Certel foi a única a apoiar.
O prazer por unir rimas e dar ritmos aos pensamentos não esmoreceu pelas dificuldades. Caminhando pelas ruas da cidade, em especial na praça do bairro Teutônia, deu asas à imaginação. O resultado está nos versos. Agora, o industriário que está afastado do trabalho inicia cruzada em prol da cultura.
Segundo Schwarz, o investimento dos governos municipais é mínimo. “É bastante restrito. Tenho que fazer trabalho independente, ir em busca de patrocínio, ou até mesmo para palestrar e falar em escolas. Comparando com outros municípios, fora daqui há mais incentivo”.
Portas abertas na capital
Ele publicou o primeiro livro, Mais Belo que o Céu, em 2005, pela Editora Univates. Na época, foi convidado para lançar a obra em Porto Alegre. O Instituto do Escritor Português recebeu a solenidade. Depois Schwarz conseguiu espaço para divulgar na Casa de Cultura Mário Quintana. Para ele, existe mais infraestrutura e incentivo na capital.
A parceria com instituições e profissionais incentivadores da cultura já gerou frutos. O próximo livro deve ser publicado pela Editora Alcance, que acumula prêmios literários, inclusive o Jabuti. “Tenho que ter persistência. É um sonho, um dom que tenho”.
