Falta de remédios preocupa comunidade

Teutônia

Falta de remédios preocupa comunidade

Medicamentos para doentes crônicos estão no fim. Reposição deve ocorrer em março

Falta de remédios preocupa comunidade
Foto: Marcel Delfino
Teutônia

Estoque de medicamento para controle de colesterol, diurético auxiliar para tratar hipertensão e o único anti-inflamatório disponível no catálogo da rede municipal de saúde estão em falta. Insumos indispensáveis para diabéticos como fitas de teste glicêmico ampliam lista de déficit recorrente faz mais de sete anos.

A farmacêutica responsável pelo controle dos medicamentos, Caroline Brandão, relata que no fim do ano o estoque estava quase zerado. Pedido de reposição será liberado só no dia 20. O recebimento dos primeiros lotes chega 30 dias após a encomenda.

Remessas são enviadas conforme expediente e ritmo de produção dos distribuidores. Percalços como greves, falta de matéria-prima ou instabilidade econômica dos fornecedores podem interferir na regularidade do atendimento das demandas. A falta de frequência no repasse dos recursos também interfere na compra.

Verba congelada exige avaliação

Ressaltado na sessão da câmara de vereadores pelo mais votado, Juliano Körner, o valor dos repasses federais, estaduais e municipais está congelado. Já o preço dos medicamentos sobe em média uma vez por ano.

Caroline confirma a informação. O valor aproximado de recursos aplicados pelas esferas públicas totaliza R$ 300 mil por ano.

As cifras representam cerca de 1/3 da despesa com medicamentos. O valor que falta é complementado com dinheiro do município.

A defasagem financeira gera outra dificuldade para a gestão. O custo dos lotes varia conforme a quantidade adquirida pela administração.

A compra de remessas maiores gera certa economia. No entanto, é necessário ter recursos excedentes para o investimento. “O principal hoje seria abastecer o estoque de segurança”, revela Caroline.

Grupo regional debate déficit

Conforme Caroline, profissionais que administram as farmácias municipais se reúnem com frequência para troca de experiências e análise regional. Ela relata que o problema não é exclusivo de Teutônia. “Todos os municípios passam pelo mesmo problema”.

Avaliação superficial destaca aumento anual na dispensa de medicamentos. Entretanto, destino dos recursos extras passa longe da farmácia municipal. Em sete anos no setor, a farmacêutica comprova que verba estagnou. “Desde que trabalho aqui, é o mesmo valor”.

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