Mestre das baquetas
O policial civil Christian Machado da Luz, 40, aprendeu a tocar bateria na adolescência. Participou de bandas de blues e rock and roll em Santa Maria, subiu ao palco de festivais e também mandou ver na gravação de álbuns com as bandas Código de Acesso e Expresso Califórnia. Hoje, pratica o hobby para tirar o estresse e toda a energia negativa do dia a dia, após o expediente de trabalho.
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Você – O que a prática lhe proporciona?
Christian Machado da Luz – Prazer. Muito prazer! É divertido, relaxante e levanta o astral. Tenho um filho de 8 anos, que é autista e adora música. Tem um vídeo de bateria do Mike Portnoy que ele ama e assiste desde 1 ano de idade. Ele fica muito feliz ouvindo música e tem, entre as terapias, aulas de música. A bateria, toca de vez em quando, mas é muito tímido. Eu estimulo bastante, bato palmas, digo que ele é muito bom…Embora eu sinta que ele faz mais para me agradar mesmo, pois é muito querido.
Como surgiu seu interesse pelo instrumento?
Da Luz – Gosto de música desde que me conheço por gente. Lá pelos 14 anos me veio um “insight”: desmontei um relógio antigo, peguei os dois sinos do despertador e coloquei na guarda da minha cama. Peguei dois pedaços de madeira e saí tocando. Toquei em bandas de blues e rock em Santa Maria. Com uma delas, gravei três músicas que integraram uma coletânea de bandas e tocaram bastante nas rádios locais. Fiz alguns shows em pubs e festivais por lá. Ainda toco com meus amigos quando nos encontramos. Também dei aulas e um dos meus alunos é um profissional conhecido no meio artístico nacional.
Quem manda ver nas baquetas?
Da Luz – Tenho influência de Neil Peart (Rush), Ian Paice (Deep Purple), Mike Portnoy (ex-Dream Theater), John Bonham (Led Zeppelin) e Lars Ulrich (Metallica). Estão entre os melhores. Acabei absorvendo alguns ensinamentos importantes. Há outros, como Alex Van Halen, Mike Bordin, Dave Lombardo e Matt Cameron, mas os primeiros foram realmente os que me influenciaram na forma de tocar e compor.
Como concilia a paixão pela bateria com a rotina de trabalho?
Da Luz – É tranquilo. Como trabalho por escala, posso tocar praticamente a hora que quiser.
Aconselha a prática?
Da Luz – Sem dúvida. Além de ser um exercício físico completo, trabalha a concentração e a disciplina. Claro, aquece a alma e o coração.