Região encerra ano com saldo positivo de empregos

Vale do Taquari

Região encerra ano com saldo positivo de empregos

Cenário é contrário no país, com mais de 12,1 mi desempregados

Região encerra ano com saldo positivo de empregos
Vale do Taquari
oktober-2024

A diversificação dos setores produtivos trouxe menos perda de emprego aos trabalhadores da região. Enquanto pesquisa do IBGE divulgou ontem elevação da taxa de desempregados em todo o país, no Vale do Taquari os índices são positivos.

Dados do Ministério do Trabalho, a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontam saldo positivo de 949 postos de trabalho de janeiro até outubro na microrregião Lajeado/Estrela. O número mostra recuperação em relação a 2015, quando ano foi negativo, com o fechamento de 2.122 postos. A ascensão de 2016 foi tímida se comparado com 2014. Nesse período, o saldo havia fechado em 2.481 vagas criadas.

Segundo a economista e presidente do Codevat, Cíntia Agostini, os setores automobilístico e petrolífero são os mais afetados pela crise no país e os principais responsáveis pelas taxas de desocupação. Os segmentos não atingem de forma direta a região. “Esse é um dos motivos que garante números positivos ao Vale na geração de empregos.”

Momento de atenção

Apesar de o Vale encerrar o ano com saldo positivo, os índices do Caged alertam para queda constante no número de vagas nos últimos seis anos. (veja gráfico). Essa sequência, aliada ao elevado crescimento populacional, pode resultar na falta de emprego em um curto espaço de tempo.

Enquanto em 2010 a variação absoluta era superior a sete mil vagas, seis anos depois, o saldo fica abaixo de mil. Nos últimos três anos, setores como comércio, construção civil e indústria foram áreas que apresentaram maior recuo. Ao longo deste ano, a indústria da transformação foi a única, entre os três segmentos, que mostrou recuperação. Os demais fecharam em déficit.

Na avaliação de Cíntia, um dos motivos desse cenário é o reflexo da crise econômica nacional. Segundo ela, os setores produtivos reduzem o quadro de pessoal para se adequar ao novo contexto. Além disso, o receio gerado resulta em menos investimentos na ampliação da produção e, em consequência, na oferta de menos empregos.

O comércio, setor com a maior redução no quadro de funcionários, adotou o mecanismo em virtude da crise. A construção civil também foi uma das mais atingidas. O índice de desocupação é resultado da desaceleração do setor imobiliário e de mudanças nos programas de habitação.

infografico geração de trabalhos 2016Automatização dos processos

A indústria da transformação investiu na automação da linha de produção devido a escassez de mão de obra no período anterior a 2015.

Segundo Cíntia, esse é um caminho natural para todas as empresas para otimizar os processos. “A adoção dessa prática tem substituído a contratação dos trabalhadores braçais e reduzindo o quadro de funcionários nesses espaços.”

Perspectivas

Enquanto o Vale pode comemorar os resultados, precisa ficar atento para uma mudança de cenário. Conforme a economista, se não houver uma reversão na economia brasileira no próximo ano, a taxa de desocupação poderá ser um problema latente.

Para enfrentá-la, destaca a necessidade de os trabalhadores buscarem qualificação. Para enfrentar as alterações, ressalta a urgência de os setores produtivos transformarem suas ações em perspectivas inovadoras e empreendedoras.

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