O número de pessoas que usará os ônibus para viajar neste fim de ano pode reduzir. A estimativa do proprietário da Estação Rodoviária de Lajeado, Nelson Noll, é que a queda chegue a 5%. Isso em relação a 2015, quando foram comercializadas 4,2 mil passagens, entre os dias 29 e 31 de dezembro.
Até o fim da manhã de ontem, 400 bilhetes haviam sido vendidos. Noll acreditava que o número chegasse a mil no dia. “Com certeza vai ocorrer baixa. Já estamos prevendo isso.”
Historicamente, o movimento de Ano-Novo é de 10% a 15% menor em comparação ao Natal. Tendo em vista que a maioria dos viajantes embarca nesse período para retornar após a virada. Porém, neste ano, até mesmo o comércio para a data natalícia teve redução.
A baixa chegou a 4,4% entre os dias 21 e 25. Enquanto no ano passado foram vendidas 7,3 mil passagens, em 2016 a quantia chegou a sete mil. “Tivemos um movimento semelhante ao que tínhamos em domingos, há cerca de uns cinco anos. Não de Natal”, afirma.
Nenhum ônibus extra foi colocado à disposição no período, o que também não deve acontecer até o fim desta semana. “Dispusemos conforme a demanda, e até agora, para o dia 31, ainda temos quatro lugares disponíveis para a praia.”
Anides Simonetti é usuária do transporte público. Ela saiu de Lajeado rumo a Porto Alegre. De lá, vai para o litoral
Com o pé na estrada
Ontem à tarde, Ana Maria Schnorr, 26, pegou o ônibus de Lajeado para Santa Cruz do Sul. Ela passará o Ano-Novo com as amigas no Vale do Rio Pardo, e adotou o meio de transporte como a primeira opção. “Resolvi de última hora e foi esse o jeito. Agora quero curtir minhas férias”, afirma.
Já Anides Simonetti, 68, tinha planejado a viagem há alguns dias. Ela vai passar a virada com o filho de Porto Alegre. Pegou o ônibus sozinha, com apenas duas malas: uma com comida e outra com roupas e calçados. “É só para alguns dias, mas quero aproveitar.” Da capital, a família segue de carro até a praia. O retorno já está marcado para terça-feira, assim como o de Ana. Ambas usarão o ônibus para voltar.
Um alívio
Apesar das quedas neste período de festas, Noll considera que entre janeiro e fevereiro o movimento para o litoral será melhor que neste ano. “Foi muito ruim no verão passado. Enquanto nos outros anos colocávamos carros a mais, neste chegamos a suspender horários.” Um funcionário foi contratado de modo temporário para atender a demanda.
