Blau deve presidir a câmara de vereadores

Lajeado

Blau deve presidir a câmara de vereadores

PP e do PSDB acenam com apoio ao candidato do PMDB, partido de oposição ao governo

Blau deve presidir a câmara de vereadores
Lajeado

Quatro anos depois de deixar o plenário lajeadense, Waldir Blau, agora no PMDB, deve voltar já como presidente do legislativo em 2017. O vereador, eleito com 950 votos na oitava posição, pode formar chapa com Ildo Salvi, do REDE, e a novata Mariela Portz, filha do atual parlamentar, Delmar Portz, ambos do PSDB. Votação para escolha da mesa diretora ocorre na tarde de hoje.

O peemedebista vai enfrentar outra chapa, formada por Waldir Gisch (PP) para presidente, com Paulo Tóri (PPL) e Sérgio Rambo (PT). “Já estamos com seis votos. Mas tudo pode acontecer na política. Tenho quatro mandatos de experiência e sei que tudo pode mudar de um dia para o outro. Portanto, não posso afirmar que serei eleito presidente”, salienta Blau.

Ontem, Blau participou de reunião com os líderes dos partidos coligados e confirma a indicação dele pelo PMDB. “Precisamos de pelo menos mais dois votos. Estamos conversando, mas ainda é cedo para garantir a eleição”, observa.

A grande polêmica está no provável apoio de Lorival Silveira e Fabiano Bergmann – o Medonho –, ambos do PP, ao candidato do PMDB. “Precisamos de um presidente que não atrapalhe o governo. Pode ser até da oposição, desde que seja um opositor consciente”, avalia Silveira, que após a votação vai assumir a secretaria de Trabalho e Assistência Social.

Blau já foi presidente da câmara nos anos de 2003 e 2006. Em 2012, optou por não concorrer em função de “problemas particulares e pessoais”. Quatro vezes vereador, ele foi eleito pela primeira vez em 1996, quando ainda estava no PT, com 777 votos. Em 2000, então pelo PP, foi reeleito com apoio de mais de mil eleitores. Em 2004 e 2008, também se reelegeu com expressivas votações.

“Estou sendo traído”

Gisch lamenta a possível votação de alguns membros do PP. Para ele, haverá uma “traição” por parte dos correligionários caso optem pelo candidato do PMDB. “Estão dizendo que eu articulei para atrapalhar a votação dos projetos de redução dos CCs e do aumento na livre movimentação, na terça-feira passada. Mas isso não é verdade”, afirma o progressista sete vezes eleito vereador.

“Nunca vivi essa trairagem na minha vida política. Lamentavelmente, eu posso ser traído dentro do meu próprio partido”, reitera. Segundo ele, promessas de cargos estariam sendo feitas por alguns agentes públicos e membros de partidos para garantir apoio à chapa de Blau. Gisch, assim como o candidato de oposição, já foi presidente da câmara por duas vezes.

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