Lei obriga bancos a ter segurança 24 horas

Lajeado

Lei obriga bancos a ter segurança 24 horas

Instituições têm 30 dias para se adaptar à nova regra e contratar vigilantes

Lei obriga bancos a ter segurança 24 horas
Lajeado

O vice-presidente da câmara de vereadores, Adi Ceruti (PSD), sancionou ontem a lei que obriga o bancos de Lajeado a contratar segurança 24 horas. Segundo a norma, os vigilantes armados devem trabalhar dentro das agências após o horário de atendimento ao público. Agora, o Executivo tem 30 dias para regulamentar a nova regra, determinando os valores de multas em caso de descumprimento.

A nova lei segue os mesmos moldes de outros municípios da região, como Estrela, onde os seguranças atuam após o expediente bancário desde agosto. No mesmo mês em que a lei começou a ser aplicada no município vizinho, o vereador Carlos Ranzi (PMDB) apresentou projeto para implantá-la em Lajeado.

Ele defende a medida como forma de evitar assaltos a bancos e a clientes que utilizam os caixas eletrônicos no período da noite. Para o vereador, o ataque a bancos é uma das principais formas de financiamento encontrado por criminosos. “Quando assaltam com êxito uma agência bancária, levam R$ 200, R$ 300 mil, esse dinheiro vai servir para financiar o terrorismo.”

Na avaliação dele, os bancos precisam ser responsabilizados pelo cuidado ao seu próprio patrimônio. “Atualmente tem sido repassado ao Estado o dever de cuidar do que está dentro das instituições financeiras, e elas são as responsáveis pelo recurso delas.” Ranzi defende que os valores dos roubos são utilizados pelos criminosos para comprar armas para cometer mais crimes.

Bancos contestam medida

Para a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), leis como essa são ineficazes no combate a assaltos. Em nota, a federação defende que a presença de vigilantes armados no interior das agências aumenta a insegurança. “O vigilante armado e com colete balístico é alvo fácil de assaltantes interessados em roubar seu colete e arma.”

A Febraban garante que os assaltos a bancos reduziram nos últimos 15 anos. De acordo com os números da instituição, no ano 2000 foram registrados 1,9 mil ataques a instituições financeiras. Em 2015, foram 393.

Ranzi questiona os argumentos da Febraban e garante que a medida trará mais segurança a usuários e funcionários. “Provavelmente eles nunca foram assaltados dentro de um banco e não sabem de todos os efeitos do financiamento do terrorismo, que é a forma como o dinheiro é usado.”

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