Lei prevê exploração da Cascata Santa Rita

Estrela

Lei prevê exploração da Cascata Santa Rita

Espaço passa a ser de interesse público e pode ser transformado em ponto turístico

Lei prevê exploração da Cascata Santa Rita
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oktober-2024

Os vereadores revogaram a lei de 2005 que tornava a Cascata Santa Rita um monumento natural. A partir de agora, o local de 1,64 hectare é de interesse público. A proposta de alteração de uso é do Executivo, que prevê a exploração da área para o criação de parque temático ou mesmo instalação de uma usina hidrelétrica.

“Queremos remodelar o uso do local, mas vamos falar com a população primeiro”, afirma o secretário do Meio Ambiente, Hilário Eidelwein. Uma concorrência pública deve ser aberta no próximo ano, para contratar uma empresa que ficará responsável por organizar, desenvolver e manter esse novo empreendimento, ainda indefinido.

O vencedor deverá repassar percentual da arrecadação do Imposto de Renda para o Fundo Municipal da Cultura e três salários mínimos mensais para o Fundo Municipal do Meio Ambiente.

Para Eidelwein, a reaproximação da comunidade com o local incentivará cuidados e preservação do local. “A exemplo do que ocorreu com a escadaria, que se tornou um ponto turístico, queremos tornar a cascata um espaço de lazer.”

O local não estava mais sendo explorado para fins comerciais. O bar, antes mantido por um ecônomo, está em ruínas. “A lei proibiu o banho na cascata e qualquer aproximação das pessoas. Então, nada mais foi cuidado.”

Sem movimento no antigo bar, diz Eidelwein, o espaço passou a ser usado como depósito de lixo ou por usuários de drogas. Ele admite que o município também não tomou atitude para preservar a cascata, pois não teria condições financeiras.“Precisava de cerca, segurança e manutenção. É uma utopia pensar nisso em áreas pequenas.”

Construções, antes usadas pelos visitantes, ficaram em ruínas. Local deveria ter sido preservado

Construções, antes usadas pelos visitantes, ficaram em ruínas. Local deveria ter sido preservado

Pedido negado

Esses e outros problemas levaram a Secretaria Estadual do Meio Ambiente a negar o pedido do município para transformar a cascata em unidade de conservação. Outros motivos para a negativa foram a falta de uma equipe para gestão; da realização de consultas públicas para a criação da unidade; e de delimitação do espaço. “Desde então começamos a discutir o que faríamos no local, e concluímos que a iniciativa privada é a melhor solução.”

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