Uma pesquisa realizada pela ABLP verificou a situação ambiental de 3,5 mil municípios brasileiros, classificando todos a partir de indicadores referentes aos critérios exigidos na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Teutônia foi a única cidade da região entre as 50 que obtiveram melhor pontuação no Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU) – ficou na 21ª posição nacional.
O ISLU foi criado pela ABLP para “o autoconhecimento dos municípios”. O indicador mede o comprometimento das gestões públicas em relação ao cumprimento da política nacional. Finalizado o estudo, os pesquisadores chegaram à conclusão de que nenhuma cidade brasileira apresentou a pontuação máxima.
A pesquisa analisa, entre outros critérios de administração, o engajamento do município, a sustentabilidade financeira, a recuperação de recursos coletados e o impacto ambiental.
Teutônia atingiu pontuação de 0,764. Com isso, ficou classificada como “Classe B”, cujo engajamento do gestor é considerado “Alto”. A cidade melhor colocada no ranking brasileiro foi Nova Esperança, no Paraná, com ISLU de 0,900. No RS, o primeiro município foi Severiano de Almeida, com índice de 0,826.
De acordo com a associação, os municípios que mais atendem os critérios da PNRS têm aspectos em comum. A maioria deles, por exemplo, tem menos de 50 mil habitantes e está localizada nas regiões Sul e Sudeste. Segundo a pesquisa, mais de 80% dos 50 primeiros municípios do ranking são da Região Sul e 20% são da Sudeste.
O indicador foi dividido em classes A, B, C, D e E, sendo A uma pontuação acima de 0,800, B entre 0,799 e 0,700, C está entre 0,699 e 0,600, D está entre 0,599 e 0,500 e E está abaixo de 0,4999. Dentro dessa escala, só 16% dos municípios brasileiros estão na classe A e B – entre esses Teutônia, Lajeado e Santa Clara do Sul – , metade está na classe C, e 30% nas classes D e E.
Metodologia utilizada
Conforme a ABLP – associação criada em novembro de 1970 –, foram utilizados como fontes de dados, entre outras, o IBGE, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e o Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconf).
Durante a estruturação do índice, foram testadas mais de 50 variáveis. O principal problema encontrado, cita a ABLP, foi a indisponibilidade de informações para todas as cidades englobadas no ISLU. Conforme detalhes da pesquisa, a imparcialidade da metodologia não permite a utilização de informações presentes em poucas cidades. Por isso, alguns municípios não constam no estudo.
Aterro saturado preocupa
Na manhã de ontem, o futuro secretário de Meio Ambiente de Teutônia, Gilson Hollmann, participou de reunião com vereadores e equipe técnica do aterro sanitário para tratar sobre o excesso de lixo no local. Segundo estimativa do governo municipal, há dois anos eram depositadas 320 toneladas por mês no aterro.
Hoje, segundo Hollmann, essa estimativa pode dobrar para 2017. “Temos uma expectativa de depositar de 15 a 20 toneladas por dia no aterro. Por isso, a primeira medida que tomaremos em janeiro será encaminhar o pedido de ampliação da atual célula do local. Precisamos fazer isso até março”, explica o futuro secretário, informando que a situação, no aterro, ainda é “tranquila”.
Ainda de acordo com a administração, a primeira unidade do aterro foi construída em 1997. Em 2010, a segunda célula foi construída, com previsão de durar 20 anos. No entanto, essa chegou ao limite em menos de seis anos. Hoje, o Executivo tem autorização da Fepam para depositar material acima da superfície.
Sobre a pesquisa apresentada pela ABLP, Hollmann destaca a importância dos índices, mas alerta para a necessidade de manter Teutônia entre as melhores cidades do país. “É uma informação que nos agrada, e nosso trabalho e nossa preocupação servirão justamente para manter esses bons índices”, salienta o próximo responsável pela área ambiental da cidade.
