Turno único acaba em janeiro, diz Caumo

Lajeado

Turno único acaba em janeiro, diz Caumo

Atual administração implantou medida 4 vezes, e não divulgou a economia gerada

Turno único acaba em janeiro, diz Caumo
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O turno único implantado após as eleições já tem data para acabar. O prefeito eleito, Marcelo Caumo (PP), anuncia para o dia 2 de janeiro o início do horário de atendimento normal da prefeitura e demais serviços públicos ligados ao Executivo, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 16h45min. A atual administração não soube precisar o valor economizado com a medida implantada no dia 10 de outubro.

Em nota encaminhada pela nova coordenadora de comunicação do Executivo, a jornalista Francini Ledur, Caumo avalia que “a economia gerada nos gastos de luz, água e telefone, por exemplo, não compensa os prejuízos causados ao cidadão que fica com o acesso a serviços públicos restringidos em função do horário”.
O futuro prefeito, após avaliação inicial da situação financeira do município, pretende fazer o controle de despesas focando em cortes, como a redução de secretarias e de cargos comissionados (CCs). Para formalizar a posição, a equipe de transição de Caumo solicitou à atual administração que comunique aos servidores sobre a decisão, para que se organizem.

Pelo Facebook, Caumo também justificou o fim da medida. Ele questiona a efetividade financeira do turno único. “O bônus gerado com o horário reduzido, isso é, a suposta economia em gastos fixos como luz, água e telefone, é menor do que o ônus imposto ao cidadão lajeadense, que acaba tendo o atendimento dos serviços públicos restringidos a um horário diferente do normal”.
A atual administração implantou turno único em três dos quatro anos de gestão. O último passou a vigorar mediante decreto assinado por Luís Fernando Schmidt (PT), definindo que o horário de trabalho seria das 8h às 14h, exceto para as secretarias de Saúde (Sesa) e de Educação (SED). Os fiscais do Departamento de Trânsito também cumprem jornada normal de trabalho.

Pouca transparência

Nas quatro oportunidades em que o governo implantou o turno único, os números referentes à suposta economia gerada com as medidas não foram apresentados para a imprensa. Ontem, a reportagem encaminhou novamente esse questionamento ao setor de comunicação, mas as informações solicitadas não foram repassadas até o fechamento desta edição.
A secretária de Administração (Sead), Ana Mallmann, responsável por anunciar a medida logo após a derrota do atual governo no pleito de outubro, pediu exoneração do cargo ontem. José Carlos Bullé, secretário da Fazenda (Sefa) atendeu o telefonema por volta das 14h10min de ontem. “Já estou fora do horário de trabalho e não poderei atender agora. Me liga na segunda-feira”, diz.

Por enquanto, a administração só divulgou projeções de economia. Uma delas, em setembro de 2015, era de aproximadamente 30% nas despesas com água, luz, telefone, combustível e horas extras. Já na primeira vez que implementou a medida, em fevereiro de 2014, o prefeito a justificou pelas altas temperaturas, e como forma de preservar servidores da Sosur e da Saurb.

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