No Natal, o desafio  é o bem-receber

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No Natal, o desafio é o bem-receber

Especialista orienta anfitriões a manter a etiqueta. Para os convidados, indica contribuir com o momento

No Natal, o desafio  é o bem-receber

É Natal. Dia de reunir os amigos e familiares para confraternizar e comemorar. Sentar à mesa para degustar a ceia, aguardar a chegada do Papai Noel para trocar os presentes. Um momento memorável, que, por vezes, acaba sendo motivo de preocupação a quem se responsabiliza por prepará-lo.
Ser anfitrião, principalmente das festas de fim de ano, não é tarefa simples. É preciso esforço e disposição para atender bem todos os convidados, seguindo premissas básicas de etiqueta. Para a consultora de imagem, estilo e comportamento, Zoraia Lahude, mais do que decorar com bom senso e criatividade, é preciso caprichar na organização para assegurar que tudo funcione perfeitamente.

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Há três pontos essenciais para isso: contabilizar convidados, identificar se há espaço e disponibilidade financeira para bem atender a todos. “Ao recebermos em casa, mesmo que de maneira mais informal, devemos observar esses detalhes.” Com o cálculo, é preciso partir para o planejamento da noite.

Mesa

O principal deles é a hora da janta ou ceia. Zoraia afirma que não há regras para isso. É possível que cada um estabeleça um estilo próprio. Ela indica que, caso seja possível, é preferível acomodar os convidados à mesa, com tudo organizado para todas as partes da refeição – entrada, prato principal e sobremesa. Caso contrário, devem ser servidos à americana – o chamado de bufê.

Bufê

É um método mais prático de serviço. As comidas são dispostas em um aparador ou mesa e os convidados se encarregam do resto. Para organizar a mesa, é preciso montar o bufê no sentido horário: pratos, talheres, guardanapos, travessas de comida, copos e bebidas.
Caso não haja espaço para todos ficarem sentados, é preciso dar atenção especial aos pratos de carnes, alerta Zoraia. “Precisam estar cortados em pequenos pedaços, pois os convidados de pé não conseguirão utilizar a faca.”

Finger foods

Além do bufê, há outras opções mais práticas. Uma delas é distribuir pequenas porções, chamadas de finger foods. O serviço necessita de garçom, mas dispensa o uso de pratos e talheres pelos convidados.

Atenção

A consultora ressalta que, em todos os casos, é importante servir algumas entradas para que as pessoas possam ir comendo até que todos os convidados cheguem, o que ajuda a evitar transtornos com o consumo excessivo de bebidas. Para não atrapalhar o momento, orienta deixar a entrega de presentes ou amigo-secreto para depois da sobremesa.

Decoração da mesa

Existem várias maneiras de decorar uma mesa, da mais tradicional até a mais singular. “O nosso jardim oferece heras, folhas verdes, flores. Juntas, formam uma bela decoração.” Frutas também podem ser usadas.
Para harmonizar a mesa, Zoraia dá uma dica: sobre toalha lisa, use louça estampada; sobre toalha estampada, use louças com poucos detalhes. Utilize os guardanapos combinando com os tons da mesa. “Se não tiver os anéis de guardanapo, improvise.”

Para os convidados

Segundo Zoraia, não só o anfitrião precisa estar atento ao bom andamento do evento. Ele deve contar com a ajuda dos convidados. A primeira tarefa a ser cumprida por eles é chegar no horário estabelecido. O máximo de atraso é meia hora.
Caso haja um traje previsto, é preciso segui-lo. Caso contrário, a escolha da roupa mais adequada varia de acordo com o local e a formalidade do evento. Mas é preciso priorizar o conforto, principalmente quando a pessoa é a dona da casa.

Outra questão que depende dos convidados é o bem-estar e descontração. Nessas reuniões é comum falar sobre inúmeros assuntos, até a noite acabar. Porém, é preciso evitar alguns temas, como doenças, desastres, assaltos. “Afinal, estamos reunidos para comemorar. Tenham certeza que a etiqueta social não é frescura. É uma estratégia que vai mudar a maneira como somos percebidos pelos outros.”

Herança de família

Quando chega o Natal, Tânia Mara Loeffler Neves relembra uma típica receita herdada pela bisavó, que veio da Alemanha. O doce tem o sabor da infância, quando passava as tardes confeitando bolachas na cozinha da avó Amália Colling, em Arroio do Meio.
As mesmas forminhas dão contorno para as guloseimas feitas por ela e a mãe Dulcy Loeffler hoje. “Sempre produzimos do mesmo jeito.

Tânia e a mãe Dulcy se reúnem para preparar confeitos de Natal

Minha mãe tem o cuidado de observar a textura da massa, deixá-la bem aerada, de acordo com aquela que aprendeu.” A produção não tem hora para terminar. “ Começamos a produzir uma remessa de tardezinha e terminamos só de madrugada. No outro dia, decorei com uma merengada e confeitos coloridos. O trabalho levou oito horas.”

O gostoso para a família é reunir todos em volta da cozinha. “Buscamos preservar o espírito de Natal, rezar e agradecer. Até hoje tentamos dar valor para essa cultura do feitio das bolachas ao invés de valorizar apenas os presentes.” Além das bolachas, Tânia costuma fazer um tipo de pão de panetone. “Leva muitas frutas, nozes e fica fresquinho para a ceia.”

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