Duplicação da BR-386 reinicia em janeiro

Vale do Taquari

Duplicação da BR-386 reinicia em janeiro

Dnit repassa mais R$ 36 milhões e prevê entrega da obra para o segundo semestre

Duplicação da BR-386 reinicia em janeiro
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O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anuncia que o consórcio de empresas contratado retomará as obras de duplicação da BR-386 a partir do dia 2 de janeiro, no trecho entre Estrela e Bom Retiro do Sul. As atividades ficam concentradas entre os quilômetros 355,5 e 361,5. Hoje o projeto que iniciou em novembro de 2010 está com 98,83% da terraplenagem e 79,87% da pavimentação concluídas.

A autarquia informa que no dia 15 de dezembro foi aprovado no Plenário do Congresso Nacional o texto final do Projeto de Lei Orçamentária para o ano de 2017, com a previsão da destinação de R$ 36 milhões para o empreendimento. O texto aprovado, a partir da proposta orçamentária do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, garante, segundo o Dnit, a conclusão da obra.

A superintendência regional do departamento especifica detalhes do planejamento de retomada das obras. Ao longo de todo o primeiro semestre de 2017, devem ser executados os serviços de terraplenagem, pavimentação, drenagem, sinalização e iluminação restantes, além de obras complementares e ações ambientais.

A União trabalha agora com uma nova expectativa de entrega da duplicação. Segundo o Dnit, a previsão é finalizar todos os serviços pendentes e liberar o tráfego de veículos só no segundo semestre. A autarquia não soube precisar em qual mês pretende entregar todo o empreendimento, cujo orçamento total deve chegar a R$ 226 milhões, mais de R$ 70 milhões a mais em relação ao valor acordado em 2010.

Obra iniciada em 2010 ainda não foi concluída pelo governo federal. Previsão agora é gastar até R$ 226 milhões

Obra iniciada em 2010 ainda não foi concluída pelo governo federal. Previsão agora é gastar até R$ 226 milhões

Um ano de obras paradas

Na segunda semana de janeiro de 2016, o Dnit encaminhou nota à imprensa informando que “a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 não contempla a totalidade do empreendimento”. Foi essa a única justificativa apresentada pela superintendência estadual para justificar a suspensão total das obras de duplicação e da nova aldeia indígena.

Uma semana depois, o consórcio retirou toda a equipe de funcionários e os maquinários do canteiro de obras. Na época, o empreendimento estava com 91,6% concluído, incluindo os serviços de terraplenagem e pavimentações, e o Dnit havia pago R$ 168,7 milhões às empresas Conpasul e Iccila, vencedoras do processo licitatório.

As obras foram suspensas quando cerca de 22 dos 33,4 quilômetros previstos, entre Bom Retiro do Sul e Tabaí, estavam prontos e liberados desde 2014 para o tráfego de veículos. Hoje, resta liberar outros 11 quilômetros entre Bom Retiro do Sul e Estrela. Em três desses, onde está instalada a aldeia indígena, a construção da nova pista sequer foi iniciada.

Valor restante aumenta

Pelo contrato firmado entre União e consórcio de empresas, em janeiro passado, faltavam R$ 15,5 milhões para finalizar os 8,4% restantes do investimento. Ontem, o Dnit anunciou que a finalização das obras custará R$ 36 milhões aos cofres do governo federal. O diretor da empresa Conpasul, Nilto Scapin, foi procurado, mas não atendeu às ligações.

Em janeiro, logo após o anúncio da suspensão das obras, Scapin alertava para o possível aumento no orçamento final do empreendimento. Na época, ele previa, devido à inflação, que o reajuste poderia elevar de R$ 15,5 milhões para até R$ 25 milhões. Ainda de acordo com o empresário, parte do pavimento já finalizado no trecho que não foi liberado poderia deteriorar.

 

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