O santa-clarense Moisés Wolschick está perto de ser o primeiro reforço da Chapecoense para 2017.
A carreira do jogador iniciou ainda adolescente nos campeonatos amadores da região. Ele atuou no Clube Sete de Setembro, na base do Lajeadense e Fluminense antes de chegar ao Grêmio, clube onde atua faz três anos. O volante, de 22 anos, integrou o grupo campeão da Copa do Brasil neste ano.
Após a queda do avião que vitimou a comissão técnica, diretoria e 19 jogadores da Chapecoense, diversos clubes do país anunciaram o empréstimo para o clube montar a equipe. O desejo inicial dos catarinenses era contar com Bruno Grassi, Thyere e Jaílson. Porém, o Tricolor recusou a cedência dos três. Em contrapartida, a direção indicou o nome de Móises para jogar na Arena Condá.
Ontem o empresário Edy Cracco, que representa Moisés, esteve com a diretoria da Chapecoense para acertar o negócio. Segundo o próprio jogador, as conversas estão avançadas e faltam apenas detalhes. O contrato é de empréstimo por um ano, já que o jogador tem vínculo com o Grêmio até o fim de 2018.
A diretoria da Chapecoense confirma a negociação. Se for confirmado, Moisés será o primeiro jogador a reforçar a equipe. Até o momento, o clube anunciou o treinador Vagner Mancini e o diretor de futebol Rui Costa para trabalhar no próximo ano.
Moisés fez parte do grupo que levantou a taça da Copa do Brasil neste ano
“[..]espero chegar (na Chapecoense) e aproveitar o máximo possível para voltar mais maduro e ter meu caminho aqui no Grêmio.”
A Hora – Como você encarou essa oferta de atuar na Chapecoense em 2017?
Moisés – A proposta é muito boa pelo clube, tem uma Libertadores para disputar. O Grêmio tem um grupo bem fechado, com jogadores de peso e nome na minha posição. Com certeza, lá eu vou ganhar mais oportunidades e é uma grande chance para mim.
A Chapecoense, apesar de ser reconhecida pelo bom planejamento, é um time ainda pequeno. O seu desejo é voltar para o Grêmio ou ficar em Santa Catarina?
Moisés – Com certeza, o Grêmio é um clube muito grande. Então espero chegar (na Chapecoense) e aproveitar o máximo possível para voltar mais maduro e ter meu caminho aqui no Grêmio.
Você está indo para um clube que precisa se reerguer após uma tragédia que chocou a todos. Qual o sentimento de participar deste processo de reconstrução?
Moisés – É muito complicado, mas eu estou muito feliz pela oportunidade de poder participar. Quero dar o meu máximo e ajudar a reerguer o clube.
O que falta para fechar a mudança para Santa Catarina?
Moisés – Meu empresário está conversando com o pessoal de lá, ele que está negociando tudo.
Você é um jogador jovem. Qual o seu planejamento de carreira e como a passagem pela Chapecoense ajudará nesse caminho?
Moisés – Eu tenho o projeto de agora aproveitar a oportunidade na Chapecoense e ganhar destaque. Voltar para para o Grêmio, conquistar títulos pelos dois times, depois almejar a seleção brasileira e ir para algum clube da Europa.
Você entrou em alguns jogos neste ano e até recebeu alguns elogios. Ser oferecido para outro clube não causa um sentimento de desvalorização?
Moisés – Não, até pelo contrário. Acho que é uma ótima oportunidade de me valorizar ainda mais dentro do clube.
