A UTI avançada do Samu, esperada para atuar na região faz dois anos, chega a Estrela nesta semana. A unidade começará a funcionar a partir do início de 2017. A ambulância é uma antiga promessa. Junto com ela, sete unidades básicas foram solicitadas para o Vale no último ano do governador Tarso Genro.
A demanda foi apresentada a partir do término da concessão dos pedágios. Com a administração privada das rodovias, competia às responsáveis pelas praças o atendimento nos casos de colisões leves, sem vítimas em estado grave.
Os gestores do Consórcio Intermunicipal de Saúde (Consisa) aguardavam as novas unidades para o primeiro semestre de 2014. Passados mais de dois anos, a UTI avançada chega a Estrela. Segundo o presidente do Consisa, Sérgio Marasca, não há previsão se as outras unidades serão encaminhadas para a região.
Conforme ele, o processo licitatório que previa a compra das ambulâncias foi cancelado pela União, não se sabe o motivo.
Na avaliação do secretário-executivo do Consisa, Nilton Rolante, o envio das outras unidades depende da articulação política dos prefeitos. De acordo com Rolante, além de garantir a ambulância, também é necessário viabilizar recursos para manutenção.
As novas unidades contemplariam os municípios de Marques de Souza, Arroio do Meio, Fazenda Vilanova, Ilópolis, São José do Herval, Dois Lajeados, Boqueirão do Leão, além da avançada para Estrela.
Base avançada
Conforme Sérgio Marasca, em relação à UTI Avançada, o Consisa aguarda a definição de alguns trâmites legais ligados ao Estado e à União para manutenção do serviço. Segundo Rolante, depois da entrega do veículo, a região tem 90 dias para organizar a equipe e encaminhar a documentação para a União. A formalidade ocorre para garantir o repasse para o serviço. O Estado começa a pagar a partir do início das atividades.
A unidade avançada é composta por uma ambulância com UTI móvel e equipe formada por um motorista, um médico e um enfermeiro. Hoje, a região conta com apenas uma unidade para atendimento dos 38 municípios. Ela fica localizada em Lajeado. Outras cinco unidades básicas estão distribuídas em Lajeado, Teutônia, Estrela, Encantado e Arvorezinha.
Serviço ameaçado
O Samu é mantido a partir de recursos da União, Estado e municípios. O governo federal paga R$ 106 mil ao mês. Recurso está em dia. O Estado repassa R$ 141 mil. Desse total, R$ 90 mil são destinados à unidade avançada. Pouco mais de R$ 10 mil, vão para as unidades básicas. Segundo Rolante, pelo menos sete parcelas estão em atraso, algo em torno dos R$ 900 mil.
Os municípios desembolsam R$ 90 mil ao mês para o serviço. Em maio, durante reunião em Estrela, decidiram ampliar o valor. Cada um paga R$1,06 por habitante. A partir da decisão foram repassados mais de R$ 400 mil.
Uma complementação de R$ 250 mil foi destinada pela Amvat ao Consisa. A soma evitou transtornos e prejuízos nos serviços prestados pelo Samu. “Esses R$ 700 mil nos deram um fôlego para manter o serviço. Se o Estado não repassar o valor em atraso, teremos problemas a partir de agora.”
Relembre
O pleito por novos veículos para o Samu começou a ser debatido em 2013. O fim dos pedágios elevou os atendimentos nas rodovias. A mesma situação foi registrada nas vias estaduais. Novas ambulâncias eram esperadas para o primeiro semestre de 2014.
