Com o auxílio de apoiadores, o Projeto Adolescente Legal com Música completará seis anos em 2017. Realizada pela Associação Pró-Segurança Pública de Lajeado (Alsepro), a iniciativa possibilita que crianças e adolescentes carentes aprendam música no turno inverso ao escolar.
Neste período de existência, mais de 300 pessoas passaram pelo projeto. Somente em 2016, foram atendidos 56 alunos, com idade entre 9 e 17 anos. As aulas ocorrem no Centro Educacional Marista, coordenadas pelos professores Maurício Scalco e Cristine Vasconcellos.
Além de aprender a tocar instrumentos como violoncelo, violino, violão, cavaquinho, guitarra, bateria, percussão, flauta doce e clarinete, os alunos têm a possibilidade de crescer como cidadãos. “Eu vivo o que faço. E para mim, isto aqui é uma realização, pois vejo que realmente está fazendo a diferença na vida deles”, afirma o professor Scalco.
Para Júnior Fernando da Silva, 15, morador do bairro Jardim do Cedro e estudante do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, a iniciativa abriu portas para o futuro. Faz quatro anos que ele aprendeu a tocar guitarra e vê como uma possibilidade de carreira.
“Entrei sem saber nada, mas agora estou me encaminhando para o profissional.” Além disso, destaca que o projeto proporcionou seu crescimento como pessoa. “Consegui amadurecer. Lá aprendemos a ser cidadãos responsáveis, a cumprir com os compromissos.”
Continuação
A idealizadora da iniciativa, psicóloga Lia Bertoglio, comemora a manutenção da iniciativa. “É isso que nos estimula: ver que eles estão criando objetivos de vida e sentido-se valorizados”, afirma.
Ela promete a continuidade da iniciativa. Mas, para isso, o auxílio da comunidade precisa ser mantido. Hoje, todas as despesas com professores, aluguel do espaço para ensaio, merenda dos alunos e passagens de ônibus são custeadas por pessoas ou empresas da cidade.
Aulas
Até o dia 9 de janeiro, o projeto está de férias. As aulas serão retomadas em 23 de janeiro. Elas ocorrem no turno inverso ao escolar, nas segundas e quintas-feiras. A princípio, para o próximo ano, não há vagas abertas. Porém, é necessário confirmar junto ao projeto a possibilidade.
A família da criança ou adolescente interessado é entrevistada antes da inscrição. “Há um comprometimento de todos. Eles conhecem as instalações e sabem como tudo funciona”, explica Scalco.
