Presidente mundial da JCI  faz visita oficial à região

Lajeado

Presidente mundial da JCI faz visita oficial à região

Paschal Dickel conheceu ações feitas em Lajeado

Presidente mundial da JCI  faz visita oficial à região
Lajeado

Representantes da Junior Chamber International (JCI) do município receberam nesta semana a visita do presidente mundial da organização, Paschal Dike. O nigeriano conheceu os projetos desenvolvidos pela organização, que comemorou 50 anos de história na cidade no dia 3.

De acordo com Dike, a visita também serviu para conectar as diferentes iniciativas realizadas pela JCI no mundo. Segundo ele, a organização composta por jovens com idade entre 18 e 40 anos visa identificar os principais desafios de cada comunidade e buscar parcerias para desenvolver ações capazes de solucionar os problemas.

“Acreditamos que os jovens são pessoas com energia e criatividade e uma capacidade de inovar que não podem ser desperdiçadas”, destaca. Ao invés de apenas criticar ou reclamar sobre os problemas, a organização busca solucionar os gargalos.

Em Lajeado, a JCI é responsável por três projetos. Um deles, chamado de Viagem para o Futuro, beneficia 15 crianças carentes. Também realiza o Projeto Composta do Vale, que visa conscientizar a população sobre a necessidade de reaproveitar os resíduos orgânicos.

Realizado com alunos do 3º ano do Colégio Castelo Branco, o projeto Mentes Pensantes incentiva os estudantes a propor ações em três eixos: defesa dos animais, das crianças ou segurança pública.

“Não acreditamos em competição e sim em colaboração.”

A Hora – Qual a importância do trabalho voluntário da JCI e demais entidades civis organizadas no Brasil?

Dike – Entendemos que os problemas não serão solucionados apenas pelos governantes. Estamos presentes em 4,9 mil cidades de diferentes países. O Brasil é um dos países em que estamos mais presentes e cujos agentes locais apresentam projetos fantásticos. Como presidente, visitei 57 países. O que eu faço é desafiar nossos representantes a entender que todas as demandas são nossos desafios. Precisamos fazer parte de suas soluções. Também busco conectar as diferentes JCIs com parceiros governamentais ou empresas. Em todos os lugares, falo sobre a JCI e por que estamos orgulhosos do que fazemos. Acredito que estamos criando um futuro melhor por meio do que fazemos hoje.

Além de ajudar a transformar a sociedade, de que forma a participação na JCI beneficia os jovens?

Dike – Uma coisa boa que eu falo em todos os lugares é que, quando um jovem que passa pela JCI, ele se transforma. Todos têm histórias de como eram antes e como são hoje. Porque não importa da onde você vem ou das circunstâncias que lhe levaram à JCI, e sim a pessoa que você pode se tornar. Você percebe que o serviço em prol da humanidade é o melhor da vida. Não importa quanto dinheiro você tem, e sim o que pode fazer ao próximo, qual contribuição pode dar à comunidade.

Como a entidade faz para que as pessoas integrem projetos voluntários em um período em que o individualismo está cada vez mais exacerbado?

Dike – Tem um provérbio africano que diz: “Se você quer viajar muito rápido, tudo bem ir sozinho. Mas se você quer viajar para longe, é melhor fazer junto.” Como indivíduo, você pode fazer muito dinheiro e ser bem sucedido no seu trabalho. Mas, se pensarmos na cidade de Alepo na Síria, a mais bombardeada do mundo, os negócios estão fechando, o país está fechando e as pessoas não têm o que comer por ser uma comunidade isolada pela guerra. No mundo, precisamos ter as portas abertas. A mensagem para aqueles que se preocupam somente com eles mesmos é simples. Nós conquistamos mais quando estamos juntos, enquanto comunidade, do que sozinhos. Não acreditamos em competição e sim em colaboração.

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