CRE homenageia professores e funcionários

Estrela

CRE homenageia professores e funcionários

Servidores aposentados que completaram tempo de serviço receberam honrarias

CRE homenageia professores e funcionários
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A 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) prestou homenagens a 175 professores e funcionários de escolas estaduais da região. O evento foi realizado no Instituto Estadual de Educação Estrela da Manhã e contou com a apresentação de alunos do Ensino Fundamental.

É a segunda vez que um evento do tipo foi realizado. O primeiro ocorreu em outubro do ano passado. Os professores cumpriram 35 anos de trabalhos nas escolas. As professoras e funcionários, 30.

De acordo com a coordenadora regional, Greicy Weschenfelder, a homenagem aos professores vem em momento oportuno. Ela pediu para que continuassem indo às escolas. “Não nos deixem. Sigam com ideias, sugestões. Sabemos das dificuldades. Por isso agradeço por tudo o que fizeram.”

Lembrou das horas doadas para a educação e da forma como seguiram até chegar à aposentadoria. “Alguns que estão começando ficam cinco minutos a mais e reclamam. E vocês? Quanto tempo desprenderam para a educação?”

Mais educação

O professor José Carlos Conzatti, 66, trabalhou durante 36 anos na Escola Monsenhor Scalabrini, em Encantado. Durante uma década, foi ainda o diretor. Quando saiu da sala de aula para assumir a gerência, percebeu outra dinâmica. “Foi preciso estar sempre atento, sabendo que está coordenando um grupo seleto, de formadores educacionais.”

Para Conzatti, a educação está muito aquém do que deveria, perante o estado. O principal fator, conforme ele, é o professor ter dificuldades até para retirar o próprio salário, que, além de baixo, por vezes é parcelado.

O aposentado afirma que a política de desvalorização atinge em cheio a forma como o conteúdo é passado. “O professor chega na sala machucado, ferido, magoado com a desvalorização da sua profissão e isso atinge a educação.”

Para o aposentado, a educação é tratada de forma predatória pelo Estado. E de maneira intencional. “Pois isso mantém as pessoas na ignorância. Mesmo com todo amor do mundo, é preciso dignidade aos professores. Precisamos comer. O que vamos colher no futuro próximo se não estamos plantando na educação? O quadro é preocupante.”

Durante 36 anos, Conzatti precisou lidar com os problemas de alguns alunos. A maior parte deles era o reflexo do que recebiam em casa. Esse envolvimento com a comunidade acabou sendo positivo para a educação.

Para ele, é difícil manter o mesmo entusiasmo do início da carreira. Para tranto, afirma que é preciso conhecer as famílias dos alunos, a comunidade de maneira geral. “É possível compreender os comportamentos dos filhos e a forma adequada para lidar com eles.”

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