A aclamação de Rafael Mallmann como presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) coloca fim a um ciclo de 16 anos. Desde ano 2000, a entidade não era comandada por prefeito de um dos dois maiores municípios da região. Para 2017, a Amvat terá o prefeito eleito de Lajeado, Marcelo Caumo, como vice-presidente.
A indicação de Mallmann não é uma novidade, pois ele já vinha sendo cotado para ocupar o cargo por ser um dos principais representantes do PMDB, partido que mais elegeu prefeitos na região. Durante a reunião, Mallmann chamou um a um os demais prefeitos que integram a chapa. Em reuniões reservadas, os cargos eram definidos, e um dos primeiros chamados foi o gestor eleito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP).
Na formação da diretoria, Mallmann buscou satisfazer todos os partidos presentes, tendo representantes de todas as siglas com prefeitos na região. O PMDB é quem tem mais representantes, com três, seguido pelo PP com dois. PSDB, PDT, PTB, PT e PPS têm um participante na diretoria.
Foco na regionalização
Entre as prioridades do novo presidente da Amvat, está a ampliação dos consórcios. “Precisamos ter ações em conjunto para podermos reduzir custos e melhorar os serviços para a população.”
Um das primeiras áreas em que pretende trabalhar é em relação à liberação de licenças ambientais. “Importante termos um órgão de fiscalização regional. Isso facilita e barateia os licenciamentos, sem necessidade de as prefeituras terem uma equipe para isso.” O prefeito defende essa como a melhor alternativa. “A única saída hoje é a regionalização.”
Mesmo cotado como possível nome do PMDB para concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa em 2018, Mallmann refuta a ideia. “Não tenho essa pretensão, meu compromisso é com a população de Estrela e eu preciso cumprir o mandato.” De acordo com ele, uma candidatura só será pensada para o pleito de 2022. Mallmann toma posse como presidente da Amvat no dia 1º de janeiro.
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Marasca vai se afastar da política
Ao fazer o balanço do mandato, o atual presidente da Amvat, prefeito de Westfália, Sérgio Marasca, se mostra satisfeito com os resultados. “Por mais que se faz, mais se gostaria de ter feito. Mas acredito que o fechamento é bom, de forma positiva.” Marasca elogia a atuação dos colegas e garante que a região conseguiu superar bem o ano de crise. “O Vale do Taquari se destaca por muitos bons gestores e, com exceção de um ou outro município com mais dificuldade de arrecadação, a maioria fechará o ano com as contas em dia.”
Sobre o futuro político, Marasca é evasivo e garante que vai se afastar da atividade no próximo ano. “A partir de janeiro, vou me dedicar à família, especialmente minha mãe que mora longe e as netas, que são minha maior riqueza. Vou voltar para a vida privada e deixar a política de lado.” Mesmo assim, ele não descarta a possibilidade de retornar às disputas eleitorais em 2018. “Quem está em política nunca pode dizer não, mas vou pensar com calma e encerrar bem este ciclo, para depois pensar em outras alternativas.”
O período sabático não será completo, pois Marasca pretende seguir atuando no Partido dos Trabalhadores (PT), para modificar os rumos da legenda. “O PT é um partido digno, o problema são pessoas dentro dele que estragam sua imagem. O partido tem que ter decisão e coragem para expulsar essas batatas podres de dentro.”
Marasca mostra preocupação com o futuro dos gestores municipais, cada vez com mais obrigações sociais e com recursos menores. “O que me preocupa é a situação dos próximos gestores, porque cada vez mais a responsabilidade dos municípios cresce com menos dinheiro.” Ele defende a criatividade dos prefeitos para conseguir cumprir os compromissos.