O chileno Gonzalo Araya afina sua gaita de boca (harmônica) para tocar no Galera’s Rock Bar, hoje, às 22h.
O músico chega a Lajeado em uma parceria com a Just Blues, integrada pelos músicos Eder Viana (vocal), Jones Fiegenbaum (guitarra), Diego Gheno (guitarra solo), Rodrigo Cesar Moreira (baixo) e Fabiano Giongo (bateria).
Araya participou do Mississipi Delta Blues, tradicional festival de Caxias do Sul. É natural de Rancagua e foi o primeiro “gaiteiro” chileno a ser patrocinado pela famosa marca alemã, Hohner. Autodidata, já esteve nos palcos de importantes festivais internacionais. Leva a harmônica a outros níveis de sonoridade na companhia de músicos como Howard Levy, Flavio Guimarães, Jehovah da gaita, Bob Margolin, Fernando Noronha e Eddie C. Campbell.
Dobradinha
O blues vai rolar solto com Gonzalo Araya e a banda Just Blues, numa fusão entre blues e rock and roll. Os ingressos custam R$ 20. A classificação é de 18 anos. O Galera’s Rock Bar está localizado na avenida Benjamin Constant, 714, no centro.
Entrevista
A Hora – O que lhe inspirou a começar a tocar harmônica?
Araya – Comecei a tocar faz uns 20 e poucos anos. Meu avô tocava gaita de boca e foi naquele momento que escutei pela primeira vez o blues. Me apaixonei pelo instrumento. Como artista, só quero trazer alegria e o feeling (sentimento) para os ouvintes. Sabe aquele momento de arrepio na pele? É isso o que eu quero transmitir. Já aconteceu comigo também.
De que forma a música promove a educação?
Araya – Acho que é muito importante fomentar o aprendizado entre as novas gerações. Já tive a honra de compartilhar o palco com todos aqueles nomes da cena da harmônica do mundo, como Howard Levy e Jehovah. Sou parte daqueles jovens que aprenderam escutando seus discos e assistindo aos shows. Vejo que eles influenciaram muitas gerações de novos músicos.
Nestes tempos de incerteza em que vivemos, qual é o papel do blues para a sociedade?
Araya – O que está acontecendo agora no Brasil é uma pena, mas eu sempre vejo que há bandas fazendo turnês e tocando por diferentes lugares da América do Sul, em geral. Sempre foi difícil para os músicos, mas a gente inventa alguma forma para poder continuar na roda.