Caixa anuncia nova lotérica em Arroio do Meio

Arroio do Meio

Caixa anuncia nova lotérica em Arroio do Meio

Escolha da empresa responsável iniciou ontem. Local da agência não foi divulgado

Caixa anuncia nova lotérica em Arroio do Meio
Créditos: Arquivo A Hora
Arroio do Meio
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Sete meses após a suspensão da única lotérica da Caixa Econômica Federal (CEF) no município, a instituição bancária finaliza seleção para reabrir uma unidade. As propostas dos interessados em gerenciar o estabelecimento foram conhecidas ontem. O local e a empresa vencedora da concorrência serão divulgados nos próximos dias.

A licitação ocorre em meio ao processo administrativo que apura a conduta do proprietário da lotérica da Caixa suspensa em maio. Carlos Jacó Hollmann perdeu a concessão do serviço.

Desde o dia 6 de maio, quando fechou a Lotérica Hollmann na rua Dr. João Carlos Machado, centro, os moradores precisam ir a outras cidades para atendimentos como: apostas, pagamentos, títulos do banco e outras movimentações.

Alguns serviços ainda podem ser realizadas no antigo local, onde hoje funciona um terminal Banriponto, correspondente do Banrisul. No entanto, a ausência da unidade lotérica da CEF gera queixas por parte dos moradores.

“Eu costumava jogar toda semana. E estava acostumado a pagar todas as contas naquela agência. Abria aos sábados também. Todo mundo usava. Agora precisamos ir para outra cidade”, afirma o aposentado Loreno Bruxel, 84.

O amigo dele, Ademir da Luz, concorda. “Eu comprava aqueles jogos prontos, o Loto-Mania, eu acho. Agora não tem mais. E também acho ruim que os locais que sobraram não aceitam cheque da Caixa, só o cheque do banco que eles trabalham.”

Pregão atrasou

O pregão estava marcado para o dia 2 deste mês. No entanto, devido a um problema no sistema, houve a transferência da modalidade on-line da concorrência para ontem.

A Superintendência Regional da CEF avalia, além dos lances, as restrições bancárias e penais dos concorrentes, como dívidas financeiras e processos e condenações na esfera criminal. Nas propostas, constam a estrutura funcional, a localização do ponto comercial e outros pré-requisitos exigidos pela instituição. O contrato vale por dez anos.

Polêmicas na antiga lotérica

Em 18 de dezembro de 2015, a 1ª Vara Federal de Lajeado condenou o proprietário da antiga lotérica da CEF e a irmã dele por crime de estelionato. Ambos foram acusados de comunicar um falso roubo para receberem R$ 34 mil referentes ao seguro.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o homem teria registrado ocorrência relatando ter sofrido um roubo à mão armada. Funcionária da lotérica, a irmã do denunciado teria confirmado à polícia o ocorrido. No entanto, a análise de vídeos de segurança gravados no entorno mostrou que só os réus teriam estado no local na data alegada.

A defesa alegou que o crime teria acontecido na casa de um deles. Asseguraram que as informações inverídicas teriam sido repassadas à seguradora com o objetivo de evitar transtornos burocráticos, como perícias e preenchimento de documentos.

Mesmo assim, o juiz condenou o empresário a dois anos e quatro meses de reclusão em regime aberto e ao pagamento de 112 dias-multa, no valor de 1/5 de salário mínimo cada. Já a funcionária foi condenada a um ano, nove meses e dez dias de reclusão e a 85 dias-multa. As penas privativas de liberdade foram, inicialmente, substituídas por prestação pecuniária e serviços à comunidade.

Já em 2016, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) anulou a sentença que condenava o proprietário e a funcionária pelo crime de estelionato. Conforme a decisão, a vítima do suposto delito é uma seguradora – empresa privada – que constitui pessoa jurídica distinta da CEF e, por isso, o julgamento do caso não seria de competência da Justiça Federal.

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