Alivat sonda escritores para ocupar vagas

Vale do Taquari

Alivat sonda escritores para ocupar vagas

Ao eleger nova diretoria, associação de escritores busca preencher as 40 cadeiras

Alivat sonda escritores para ocupar vagas
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Eternizar o nome em uma cadeira de escritores da região é o principal objetivo da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat). Mas antes mesmo de completar as 40 vagas criadas, algumas foram desocupadas.

Além da cadeira número 7, antes ocupada pelo escritor Gino Ferri, outras duas vagas foram abertas neste ano. Em encontro para eleger a nova diretoria, nessa sexta-feira, os participantes sondaram alguns escritores da região, mas não houve revelação de nomes.

De acordo com a vice-presidente da Alivat, Cecília Togni, a forma de ocupação das vagas da academia literária segue uma lógica que contempla preencher primeiro as 40 vagas, para depois substituir aquelas que por ventura foram desocupadas.

Mesmo assim, afirma que Gino Ferri deve se tornar patrono da cadeira número 30. A nova diretoria da entidade será empossada em março. Foi escolhido para presidir a academia Deolí Gräff, que terá como vice-presidente o cronista Ney Arruda Filho.

Segundo Cecília, dois projetos serão colocados em prática no próximo ano. Um deles é o Bosque dos Escritores. Bancos, mesas e barracas serão instalados no Jardim Botânico para serem preenchidos por livros. A iniciativa quer ainda que os participantes adotem 22 árvores do local.

A outra proposta protocolada na Secretaria de Cultura é sobre o Concurso Novos Talentos: escritos/escritores 6, que reúne textos do Brasil afora para compor um livro. Na última edição, em 2015, foram enviados 508 textos de todo o país para a obra, lançada em março deste ano.

aline-lenzEscritores independentes

A professora e escritora Aline Lenz foi convidada a conversar com a diretoria da Alivat. Com livros artesanais produzidos ao longo da caminhada literária, Aline se diz uma escritora livre de padrões pré-estabelecidos.

A Hora – Se você fosse convidada a ocupar uma vaga, aceitaria?

Aline Lenz – Acho que não pela falta de tempo e porque o trabalho deles é mais sério do que o meu. Eu uso a escrita para fugir e eles para chegar. Uso para mudar, eles para eternizar.

O que pensa sobre a Academia de Letras?

Aline – Penso que seja bom que exista este lugar onde valorizam as letras. Refletem. Produzem. E organizam os escritos. Torço por eles, pois sei como é difícil.

Como você percebe os independentes?

Aline – Livres, sem burocracias, sem amarras. Nos falta planejamento, mas cada caminho tem seus danos e ganhos. Me identifico mais com os independentes. É importante que ambos existam. São gêneros diferentes, cada um com seu valor e peculiaridades.

Qual seu próximo livro?

Aline – Nunca sei o próximo livro ou texto porque escrevo sobre o que me toca no momento. Mas gosto de miudezas que tornam a vida maior. Cotidiano. Simplicidade.

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