Oito bombeiros de Lajeado e Estrela começam a atuar na Operação Golfinho neste sábado. Com a redução nos efetivos, aliada ao baixo valor destinado pelo governo para pagamento de horas extras, os quartéis dos Bombeiros nos dois municípios devem ser fechados pelo menos duas vezes no mês. A medida se estende até o encerramento da Operação Golfinho, no dia 5 de março.
Para garantir o atendimento de ocorrências, os quartéis serão fechados de forma alternada, e o grupo do outro município atenderá as emergências da cidade vizinha. Assim, quando o efetivo de Lajeado estiver fora de serviço, os socorros serão prestados pelos servidores de Estrela. Um bombeiro ficará de plantão para direcionar as equipes.
O comandante regional, tenente-coronel César Eduardo Bonfanti, diz que essa foi a alternativa encontrada para minimizar os impactos da saída dos servidores. Bonfanti, que responde pelo comando nos vales do Taquari e Rio Pardo, destaca a piora no atendimento durante a Operação Golfinho. “Normalmente saímos com quatro homens em cada guarnição, mas durante o verão teremos três pessoas.”
Nas duas regiões, serão cedidos 29 bombeiros para atuar como salva-vidas nos litorais Norte e Sul, e em praias internas de água doce. Segundo Bonfanti, o número é bem maior do que em 2015. No Vale do Taquari, o município de Estrela é o que mais cede oficiais, com sete.
A decisão de fazer atendimento alternado em alguns dias do mês ocorre pela falta de recursos suficientes para horas extras. Sem esse dinheiro, não será possível pagar os servidores que ficam nos municípios, e eles não podem cobrir a falta dos colegas deslocados para Operação Golfinho. Bonfanti prevê que os quartéis devem ser fechados no fim de cada mês.
Comandante do 2º Pelotão de Bombeiros de Estrela, o tenente André Rodrigues de Oliveira lamenta a medida. “Depois de criado o Corpo de Bombeiros, deixar as portas fechadas é algo triste.”
Redução no envio de brigadianos
Diferente dos bombeiros, que aumentaram o envio de oficiais para Operação, a Brigada Militar (BM) reduziu o efetivo disponibilizado neste ano. Enquanto em 2015 foram cedidos 65 soldados, desta vez, o número máximo será de 38 pessoas.
Os primeiros 24 brigadianos do Vale devem chegar ao litoral nesta sexta-feira, 16. Mais 14 policiais serão enviados no dia 29. Dos 38, oito retornam no dia 30 para a região. Os demais permanecem até o fim da Operação Golfinho.
De acordo com o tenente-coronel Paulo Rogério Medeiros, que responde pelo Comando Regional da BM, o impacto da saída dos policiais será bem absorvido. “Estão saindo menos de 10% do efetivo para apoiar a operação, o número é menor do que a população que vai para a praia.”
Apesar disso, Medeiros comemora o envio de menos agentes. “O comando (estadual) entendeu que a BM enfrenta problemas de efetivo”, destaca. Para suprir a falta de policiais nas ruas, a alternativa encontrada pela BM é colocar nas ruas agentes que atuam em áreas administrativas.
