Coordenadoria prevê baixa adesão à greve

Vale do Taquari

Coordenadoria prevê baixa adesão à greve

Decisão do Cpers é para professores paralisarem as atividades a partir de terça

Coordenadoria prevê baixa adesão à greve
Vale do Taquari
oktober-2024

Em assembleia nessa quinta-feira, 8, o Cpers sindicato decidiu iniciar uma nova greve a partir desta terça-feira, 13. A paralisação começa a nove dias do fim do ano letivo, programado para encerrar no dia 23. A medida foi tomada para cobrar o pagamento do 13º salário e para pressionar os deputados a reprovar o pacote enviado pelo governo do Estado.

Mesmo com a decisão sindical, a coordenadora da 3ª Coordenadoria Regional da Educação (3ª CRE), Greicy Weschenfelder, acredita em uma baixa adesão dos professores na região. “O sentimento dos professores é um momento inoportuno para greve.” De acordo com Greicy, muitas escolas ainda estão recuperando as aulas das outras paralisações deste ano.

Segundo a coordenadora, caso haja adesão ao novo movimento paredista, será necessário uma adequação do calendário. “Dizer que não vai afetar seria ingenuidade, teremos de nos reorganizar e recuperar essas aulas em janeiro.” De acordo com ela, caso as adesões sejam parciais, caberá às escolas definir substitutos para os professores grevistas ou formas de recuperar as aulas.

Clima de desencanto

Entre os professores, o desejo de paralisar as atividades é menor do que em outros momentos. Mesmo os grevistas se mostram insatisfeitos com a decisão do Cpers, e avaliam a greve como pouco efetiva. Para muitos o momento escolhido para cruzar os braços não foi bem escolhido.

Mesmo assim, o presidente do 8º núcleo do Cpers, Oséas Souza de Freitas, ainda busca mobilizar a categoria em favor da medida. “Estamos entrando em contato com os professores e chamando para participar do ato na terça-feira.” Freitas prefere não projetar sobre as adesões e garante que o magistério ainda está definindo um posicionamento. “Não temos muita perspectiva quanto à adesão, quando conversamos com os professores percebemos que eles ainda estão indecisos quanto à greve.”

Na última assembleia do 8º núcleo, foi levantada a hipótese de não entregar os cadernos e as notas dos alunos, impedindo assim o fechamento do ano letivo. Segundo Freitas, a proposta foi inviabilizada por questões legais. “Estudamos e chegamos à conclusão que não entregar os cadernos é ilegal. A greve é permitida, mas essa outra medida, não.”

Um dos principais alvos dos protestos é o pacote do governo para combater a crise financeira. O sindicalista vê como fundamental a medida adotada pelo sindicato. “Precisamos demonstrar nossa insatisfação com essas medidas.” Na terça-feira, 8, representantes do magistério organizam protesto em frente ao Palácio Piratini.

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