Destruída por uma enxurrada em junho de 2014, a estrutura faz divisa entre Santa Clara do Sul e Mato Leitão e por isso os municípios executaram a obra de forma conjunta.
A passagem será liberada na terça-feira, às 11h, em solenidade com presença de autoridades e moradores. A ponte tem 22 metros de extensão, 9 metros de largura e 5 metros de altura. A reconstrução da ponte sobre o arroio Sampaio, localizada nas imediações da Assoessa, foi executada pela empresa Lajecril Artefatos de Cimentos.
O custo total da obra está avaliado em R$ 383,2 mil, cujo valor provém do Ministério da Integração Nacional – Defesa Civil, mais as contrapartidas dos municípios. A administração de Mato Leitão foi responsável pelo processo licitatório e contratação da construtora, enquanto o Executivo de Santa Clara elaborou o projeto técnico.
Conforme o prefeito de Santa Clara do Sul, Inácio Herrmann, a obra facilitará o deslocamento dos moradores de Sampaio entre um município e outro, assim como o escoamento da produção.
Durante a semana, a empresa coloca as grades de proteção nas laterais e o Executivo de Mato Leitão finaliza o aterro.
“A comunidade volta a ficar unida”
Para o agricultor Rogério Stolben, 54, a estrutura representa mais do que uma simples passagem. “Mantém a comunidade unida. Após a destruição, os moradores ficaram isolados. A partir de terça-feira, tudo volta ao normal”, comemora.
Criador de suínos e produtor de leite, Stolben relata o aumento dos custos e da distância para frequentar a igreja, o salão e mercado. Quem tinha trator conseguia atravessar no passo construído no leito do rio, um pouco acima da ponte. De carro, a distância aumentava em até seis quilômetros por uma estrada secundária, conta.
Saiba mais
A ponte era um dos principais símbolos da história comunitária. Foi erguida no início do século passado pelos primeiros imigrantes residentes no Vale do Sampaio. Feita de madeira, a parte superior ruiu e, em 1985, foi substituída por concreto. Na reforma, gestores mantiveram o pilar central – feito de blocos de rocha com argila – no intuito de preservar os traços.
Mas, ao longo dos anos, o pilar começou a ruir Em 2011, ao perceberem a precariedade da estrutura, os governos limitaram, com a instalação de placas, a passagem de veículos para, no máximo, dez toneladas. A falta de respeito às normas e de fiscalização contribuiu com a queda da passagem.
Por iniciativa dos vereadores do PP, a ponte receberá o nome do líder comunitário José Henz, que morreu em 3 de março de 2015.