Leonardo Daltroso, 14, estuda no 9o ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental São José. Poderia ser mais um à espera da aprovação, mas faz dois anos que ele resolveu fazer mais. Tornou-se integrante do Projeto Liderança, realizado pela Secretaria da Educação (SED), e desenvolveu o protagonismo em si.
Hoje ele é vice-líder de turma e integrante do Grêmio Estudantil Força Jovem. Considera-se um jovem envolvido e maduro. Um típico protagonista juvenil que ajudou a escrever a história do Projeto Liderança. Agora contada no livro Projeto Liderança Juventude em Ação: Protagonismo Juvenil Perspectivas.
A obra de 139 páginas será lançada hoje à tarde, no Parque do Imigrante, durante a gincana do projeto. Coordenada pelas servidoras Odete Maria Spessato e Ana Célia Pramius Thomas, e organizada por Márcio Caye, a publicação se tornará uma espécie de arquivo de tudo o que foi realizado nestes quatro anos de projeto.
“As escolas tinham autonomia para desenvolver os seus textos”, explica Odete. Dentre as histórias da publicação, estão os relatos de algumas atividades desenvolvidas dentro das escolas a partir do Projeto Liderança.
Histórias reais
Uma delas é sobre uma iniciativa feita na escola São José para sensibilizar as pessoas sobre o abandono de animais. “A Apama fica aqui no nosso bairro. Então eles resolveram trazer o assunto como uma forma de esclarecimento”, conta a coordenadora do projeto na escola, Sônia Porto Cardoso. Ela relata que, a partir do Liderança, a instituição ganhou em 2013 a primeira chapa do Grêmio Estudantil. “Os alunos voltavam dos encontros com essa vontade de instituir o grupo e aos poucos fomos formulando.” Além de Leonardo, hoje outros 14 alunos, do 6o ao 9o ano, participam do projeto. “Estão mais interessados com o que está acontecendo na comunidade. Querem saber como as decisões do governo vão influenciar aqui. Enfim, tornaram-se mais questionadores.”
Conhecimento à vida
Para Odete, isso mostra que os principais objetivos do projeto foram atingidos. Além de prepará-los para a vida escolar, foi possível orientá-los a serem cidadãos.“Queríamos que eles conquistassem seus espaços, pensando na escola, na comunidade no município, e conseguimos.”
Em 2016, 420 alunos, com idade entre 12 e 15 anos, se engajaram na iniciativa, que promove cursos, gincanas e fóruns. Nos anos anteriores, o número era praticamente o mesmo. Para 2017, a continuação ainda não está confirmada.
