Comércio reduz número de vagas temporárias

Lajeado

Comércio reduz número de vagas temporárias

Instabilidade obriga nova estratégia para o Natal

Comércio reduz número de vagas temporárias
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A expectativa de estagnação ou de inexpressivo crescimento nas vendas para o Natal faz os comerciantes diminuírem os custos. Contratações temporárias, normais nesta época, estão sendo deixadas de lado. Os lojistas apostam no quadro efetivo de funcionários para suprir as vendas.

Alguns até abriram vagas, mas o número tem sido menor do que em anos anteriores. As entidades de comércio local não têm estimativas de contratações. Porém, a Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) prevê que, no estado, cinco mil pessoas consigam um emprego neste período.

Um número maior em relação a julho, quando se estimava que apenas quatro mil conseguissem uma colocação no mercado. Porém, menos que a metade das contratações de 2014, quando 13 mil ganharam uma oportunidade.

Para o vice-presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvidmento do Varejo (AGV), Ricardo Diedrich, a situação atual reflete uma melhora do nível de confiança dos consumidores. Apesar de começar o ano com diversas dúvidas, principalmente na área política, a população conseguiria enxergar avanços para a estabilidade econômica do país.

“Algumas atitudes dos governos federal e estadual provocaram esse aumento da confiança, o que deve refletir diretamente nas vendas”, afirma. O quadro ainda não seria o ideal, mas provocaria melhora das expectativas do comércio. “Na metade do ano, até prevíamos queda. Agora, se mantermos os índices de vendas do ano passado, está muito bom”, comenta.

Mercado inseguro

Elisete Fuhr, gerente de uma loja de vestuário, ainda sente a insegurança e instabilidade do mercado. Não acredita em melhoras nas vendas, e preferiu conter os gastos. Enquanto no ano passado fez três contratações temporárias, em 2016, realizou apenas duas. “Não sabemos como vão ser as vendas neste ano. Então, resolvemos segurar.”

Em outra loja da cidade, também de roupas e calçados, não houve abertura de vaga. Ao contrário do ano passado, quando uma pessoa foi contratada. A gerente Juliana Dullius Dick acredita que o quadro atual de funcionários, formado por 14 vendedoras, dará conta da demanda. “Esta que entrou no ano passado foi efetivada. Então estamos com um bom número para o atendimento”, comenta.

O mesmo ocorre na loja de móveis e eletrodomésticos gerenciada por Naiane Hammes. Nenhuma vaga adicional foi aberta em 2015 e 2016. “Muito pela situação financeira que enfrentamos. Queríamos estar crescendo, mas só esperamos manter as vendas do ano passado”, afirma.

Ela acredita que essa também seja uma forma de valorizar os funcionários já contratados. Além das horas extras, para enfrentar os horários de Natal, eles conseguiriam ganhar mais em comissão. “Vão se revezar em dois turnos, e quanto mais venderem, maior o ganho.”

Contratada

Gabriele Ritter, 40, é uma das pessoas contratadas neste período. Com experiência de seis anos como promotora de vendas, ela foi demitida em março e passou os últimos meses desempregada. Depois de tanto esperar, comemora a oportunidade.“Foi bem difícil de encontrar uma vaga, mas esta chegou em boa hora. Pode me abrir portas dentro da empresa”, considera.

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