Bolachas remetem para a tradição do Natal

Teutônia

Bolachas remetem para a tradição do Natal

Professora aposentada, Gutron Mallmann prepara iguarias a partir de receita da avó

Bolachas remetem para a tradição do Natal
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Com as mãos na massa, a professora aposentada Gutron Beinecke Mallmann, 70, recorda o passado para manter uma tradição da família.

Moradora do bairro Languiru, prepara 60 quilos do doce a cada Natal. Em vidros, frascos e pacotes menores, o alimento se torna presente carregado de sentimentos e lembranças.

Quando criança, ajudava a mãe a enfeitar as bolachas. O serviço era simples, mas trazia alegria que recorda até hoje. A receita é da avó e segue de geração em geração. Hoje, como passatempo e meio de agregar renda, produz as convencionais bolachas de nata, mel e banhadas em chocolate branco e preto.

O diferencial da produção está no colorido dos doces. A variedade de cores impressiona, assim como os detalhes no formato e desenhos. Depois que se aposentou, há 23 anos, passou a se dedicar mais. Para presentear, aceita encomendas para colocar em embalagem diferenciada.

O sucesso nas vendas está atrelado à tradição alemã. Segundo Gutron, a família se reunia no Natal para confeccionar os doces. Baldes eram cheios e distribuídos entre os parentes. Era uma forma de presentear com algo “feito em casa. Hoje, muitas pessoas me procuram porque é difícil encontrar quem mantenha essa tradição”, relata.

A produção artesanal ocorre em dois períodos do ano. “Na Páscoa não há tanta procura, até porque a data vem perdendo força. Já no Natal, ainda persiste clima diferente. Antigamente as famílias se reuniam para produzir o doce e era uma festa. Na infância, gostava mais de ajudar minha mãe do que da visita do Papai Noel”, revela.

Novo olhar para infância

Em tempos de avanço da tecnologia e mudanças no relacionamento entre pais e filhos, sugere o estreitamento de laços por meio de atividades semelhantes. Existe a necessidade de os pais dedicarem tempo aos filhos com atividades mais naturais, afirma. Visita aos avós é sempre uma forma de conhecer coisas novas e aprender.

Gutron tem apenas um filho que não acompanha os passos da mãe, mas administra duas estufas onde cultiva verduras e hortaliças. Para ela, é algo produtivo, pois acaba envolvendo a família, principalmente no momento das refeições quando o alimento é assunto devido a produção própria.

Com as bolachas, espera que muitas famílias se identifiquem e se aproximem por meio do doce. “Gosto de ver a alegria das crianças e os adultos recordando a infância. É uma forma de propiciar o espírito natalino, por meio de tradição alemã”.

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