OLegislativo cobra respostas do Daer sobre infraestrutura da ERS-128, a Via Láctea. A reunião ocorreu ontem pela manhã em Porto Alegre. A presidente da câmara de vereadores, Mareli Lerner Vogel, pediu agilidade ao diretor-feral de Operação Rodoviária Ricardo Citolin e ao engenheiro de tráfego Fernando Dickmann. O objetivo é conseguir investimentos para melhorar as condições da rodovia.
O trecho de dez quilômetros tem 169 acessos que possibilitam ingresso a bairros populosos. O maior deles é o Canabarro que tem duas interseções regulares. A preocupação das autoridades é quanto ao número de acidentes na rodovia. O pedido é que seja construída rótula fechada e implantado controlador de velocidade.
Conforme Mareli, a equipe do Daer constatou média de velocidade elevada. Com base na medição, projetam instalação de lombada eletrônica próximo ao trevo da rua Major Bandeira, bairro Languiru. O acesso irregular na Vila KS está em análise para possível fechamento. No local, aconteceram dois acidentes neste semestre. Um deles envolveu cinco veículos.
O andamento das alterações e incrementos de segurança aguarda documento do Executivo. Falta mapa com zonas de edificação, faixa de domínio, nome de ruas e loteamentos. O material será anexado junto ao departamento para estudos e ações futuras na rodovia. O objetivo é que haja qualificação de parte da infraestrutura ainda neste ano.
Mareli ainda projeta audiência pública com os representantes do Daer e a equipe da administração municipal que assume a partir de janeiro. “Já conversei com o Jonatan e ele demonstrou interesse em investir na Via Láctea e continuar o pleito”.
Audiência alinhou prioridades
Em agosto, o Legislativo promoveu audiência pública na câmara de vereadores. Foram convidados empresários, representantes de cooperativas e vereadores para elaborar reivindicações. O secretário estadual de Transportes e Rodovias, Pedro Westphalen, compilou os principais pedidos e autorizou a realização de estudos da rodovia.
O diretor de Operações do Daer, Rogério Brasil Uberti, apontou as melhorias que poderiam ser realizadas. O principal impasse do trajeto que cruza a cidade é a falta de viabilidade econômica. Para que a Via Láctea recebesse investimentos constantes, deveria ter pedágio, considerado inviável.
O local é importante para o escoamento de produção. Além de cruzar a cidade, é o principal elo com a RSC-453, Rota do Sol, que liga a Serra Gaúcha ao Vale. O trecho também ingressa na BR-386, que liga a região a Porto Alegre.