Entidades querem 10,9% de aumento no preço do fumo

Vale do Taquari e Rio Pardo

Entidades querem 10,9% de aumento no preço do fumo

Apenas Souza Cruz apresentou proposta. Valor da arroba está cotado a R$ 174,60

Entidades querem 10,9% de aumento no preço do fumo
Estado
oktober-2024

Entidades representativas dos produtores da Região Sul e as empresas fumageiras começaram a debater nesta semana o preço para a safra de tabaco 2016/17.

Conforme o tesoureiro da Afubra, Marcílio Laurindo Drescher, foi apresentado um pedido de 10,9% de aumento sobre a tabela da safra 2015/16. “O custo variou em 7,3%. Acrescentamos um percentual para o produtor obter uma margem de lucro.”

A proposta foi apresentada à Alliance One, Philip Morris, JTI, China Brasil Tabacos, Universal Leaf e Souza Cruz, a única a apresentar um reajuste de 8,35%. Com base nesse percentual, o quilo da arroba de BO1, o de melhor qualidade, chegaria a R$ 11,64. As demais empresas têm até o dia 15 de dezembro para definir um percentual e assinar o protocolo.

Na safra passada, não houve acordo entre entidades e indústrias. Segundo Drescher, o percentual médio de aumento foi de 10%. “Essa indefinição gera angústia nos produtores e em seus representantes. Gostaríamos que neste ciclo tivéssemos um acerto.”

A possibilidade de as fumageiras deixarem de comprar o baixeiro (primeiras folhas colhidas) também preocupa. Pelo contrato, elas precisam adquirir toda produção. “Caso alguma não cumprir essa cláusula, vamos intervir”, adverte.

Tabaco maduro

Diante do mercado da atual safra, as sete entidades representativas dos fumicultores orientam os produtores a colher o tabaco maduro. “A tendência do mercado é de preferência por tabaco do tipo O e de dificuldades na comercialização dos tipos L. Portanto, o produtor deve seguir a orientação e colher seu tabaco maduro para atender ao mercado e garantir lucratividade.”

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Pagamento por qualidade

Neste ciclo, a família Famagalli, de Boqueirão do Leão, cultivou 40 mil pés de fumo, cuja safra inicia na segunda quinzena de dezembro. A notícia do reajuste de 8,35% é comemorada. Segundo Mariane, o valor é aceitável, tendo em vista o menor custo verificado neste ano com insumos.

O valor da saca de adubo caiu de R$ 75 para R$ 60, aponta. “Importante é comprar dentro das classes e por qualidade. Não adianta ter um preço alto se, na hora de classificar na esteira, a indústria paga conforme a oferta e demanda.”

A estimativa é de colher até 450 arrobas até o fim de fevereiro. Já a comercialização ocorrerá somente em maio. Na última safra, o valor médio pago por arroba chegou a R$ 169.

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