Foi anunciado ontem o resultado da eleição para a reitoria da Univates. O atual reitor Ney José Lazzari e o vice Carlos Cândido da Silva Cyrne foram aclamados com 91,7% dos votos. Desde a quinta-feira passada, 813 pessoas participaram do pleito. O dobro do número registrado em 2013.
Dos votantes, 479 eram alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. O que representa 5,5% do total de estudantes aptos a participar. Um aumento de 4,5% em relação à eleição passada. Para o presidente do Diretório Central de Estudantes (DCE), Bruno Zanatta Salvatori, a alta demonstra que os acadêmicos perceberam sua importância dentro da Univates.
“Trabalhamos bastante isso durante o ano. Mostramos que eles precisam ter voz em todos os processos.”
Esta foi a primeira vez que a escolha foi feita em urnas eletrônicas, o que também teria contribuído para o aumento da participação.
Uma comissão eleitoral, formada por funcionários e professores da Univates, passou por um treinamento com o tribunal, e acompanhou todo o processo. Para o presidente da comissão eleitoral, professor Dênis Barnes, os aparelhos geraram credibilidade e lisura ao pleito. “Deu uma segurança para os votantes. Sabiam que era algo sério. Esta participação demonstra a democracia e dá um peso para a aceitação da chapa, já que todos tiveram chance de se expressar.”
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Mais ensino
O presidente do DCE acredita, de modo pessoal, que manter a gestão foi uma escolha acertada. “Olhando para outras universidades, acredito que tenhamos uma ótima reitoria, que também satisfaz a maioria dos professores. Mas isso não quer dizer que não há necessidade de melhorias.” Ele considera que os próximos quatro anos devam ser focados na melhora do ensino. “Já possuímos uma estrutura bacana. Então acho que agora é o momento de focar nas pesquisas, e investir no quadro de docentes.”
“A Univates assumiu há alguns anos duas grandes áreas de concentração de esforços na pesquisa, desenvolvimento e transferência tecnológica: ambiente e alimentos.”
Compromisso com a região, diz Lazzari
O reitor Ney José Lazzari afirma que um dos primeiros passos da gestão 2017-2020 é a transformação de centro universitário em universidade. Outra prioridade é a consolidação do Parque Científico e Tecnológico (Tecnovates).
A Hora – Você está à frente da universidade desde 1999. Como avalia e a que atribui a escolha sucessiva para o cargo de reitor?
Ney José Lazzari – Minha relação com a Univates começou em 1978. Nos primeiros cinco anos como aluno do curso de Economia e, nos últimos 33 anos, tenho atuado como professor e dirigente que faz parte de um grupo de trabalho que tem grandes causas. Não é um cargo de reitor ou de vice-reitor que constrói e consolida essa grande causa que é a Univates. O que temos conquistado aqui é resultado do esforço de um grande grupo de pessoas que acredita e deposita suas esperanças de transformar a sociedade por meio de uma educação de qualidade. A alma da Univates são as pessoas que aqui estão. As pessoas que estiveram à frente na gestão da Univates nos últimos anos foram facilitadoras desse processo.
A Universidade ocupa papel de destaque no desenvolvimento regional. Quais são as propostas para manter e ampliar esse protagonismo?
Lazzari – A Univates assumiu há alguns anos duas grandes áreas de concentração de esforços na pesquisa, desenvolvimento e transferência tecnológica: ambiente e alimentos. A escolha foi construída a partir das necessidades e potencialidades do Vale do Taquari. Ser uma universidade comunitária também direciona a pesquisa da instituição. A nossa pesquisa tem como principal característica ser estudos que têm preocupação com o desenvolvimento do entorno da Univates, um enfoque próximo às demandas regionais desde o setor produtivo até a qualificação das práticas pedagógicas de escolas da educação básica. Nossos programas de pós-graduação têm o desafio de se aproximar dos problemas da sociedade e trazer soluções e tecnologias para o desenvolvimento do Vale. E esse é um compromisso que temos com o Vale e que queremos fortalecer cada vez mais.
