Perfuração de poços beneficia 700 famílias

Arroio do Meio

Perfuração de poços beneficia 700 famílias

Aumento populacional e novos investimentos no setor primário motivam obras

Perfuração de poços beneficia 700 famílias
Arroio do Meio
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Na tentativa de evitar a falta de água no verão, atender a demanda crescente devido ao crescimento populacional e possibilitar novos investimentos nos setor primário, o Executivo anunciou a perfuração de seis poços artesianos.

Conforme o secretário de Agricultura, Paulo Heck, as novas estruturas serão perfuradas nas comunidades de Rui Barbosa, Forqueta, Barra do Forqueta, São José de Palmas, Bicudo e Linha 32, onde ainda não existe poço. Pelo projeto, serão contempladas mais de 700 famílias. O investimento chega a R$ 120 mil.

As obras serão feitas em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que cederá a máquina e os operadores. A administração municipal pagará o combustível, a hospedagem e a manutenção do maquinário. Já as associações de água custeiam a alimentação. “Necessitamos ampliar a vazão devido ao crescimento dos bairros e oferecer garantia aos agricultores de manter e ampliar sua produção”, afirma Heck.

As obras devem iniciar ainda neste ano com a perfuração de dois poços – um em Rui Barbosa e outro na Barra do Forqueta. Os demais serão feitos em 2017. Nos últimos sete anos, foram perfurados nove poços (sete com êxito), beneficiando mais de mil famílias e cujo investimento passou de R$ 100 mil.

Produção limitada

O agricultor Pedro Endler, 63, de Linha 32, aguarda ansioso pelo retorno das máquinas. No ano passado, a tentativa de perfurar o poço na comunidade acabou frustrada, assim como em outras situações onde os próprios moradores tentaram fazer o investimento por conta.

As 80 famílias são abastecidas por um poço localizado em Picada Arroio do Meio, distante quatro quilômetros. A armazenagem de água em cisternas e açudes é desestimulada pela burocracia em obter as licenças e altos investimentos em montar a estruturas. “Eu e meus filhos tínhamos o projeto de construir um chiqueiro, mas sem ter garantia de abastecimento desistimos.” Esse também foi um dos motivos pelos quais a família abandonou a criação de 12 mil frangos.

Cisternas e açudes

O presidente da associação, Clarido Weizenmann, 68, destaca que para manter e ampliar a produção de frangos (três aviários) e suínos (mais de cinco mil cabeças por lote), entende ser necessário a comunidade ter um poço artesiano com boa vazão. “Sem água não há forma de manter a criação ou até mesmo construir novas estruturas.”

Cita o caso de um produtor de suínos que chegou a perfurar três poços e não encontrou água. “Está tudo pronto, mas sem abastecimento, ele não tem como alojar”, aponta. A última tentativa de perfurar um poço na localidade ocorreu em 2015, no entanto, a estrutura desmoronou.

Para Weizenmann, outra alternativa para garantir a oferta de água seria a construção de cisternas, preservação de nascentes e abertura de açudes. “Temos apenas um açude e nenhuma cisterna aqui. Poderiam incentivar nesse sentido”, sugere.

Por mês, as 80 famílias associadas consomem em torno de 1,2 mil de metros cúbicos. A extensão da rede chega a 30 quilômetros. Com o novo poço artesiano, ele estima a redução no valor pago por metro cúbico, que hoje chega a R$ 2,25.

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