Espetáculo aborda violência de gênero

Teutônia

Espetáculo aborda violência de gênero

“As Mãos de Eurídice” aborda as atitudes machistas nos relacionamentos afetivos

Espetáculo aborda violência de gênero
Teutônia

Na Semana Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, a peça As Mãos de Eurídice aborda o assunto a partir de uma ótica bem humorada. A partir da comédia, expõe o mundo machista dos relacionamentos. O espetáculo será apresentado hoje, às 20h30min, na Comunidade Católica Cristo Rei, no bairro Languiru. Montada por Teatro Social Produções Artísticas, já foi apresentada em cidades do RS e de Santa Catarina.

Tem como protagonista Gumercindo Tavares, interpretado pelo ator, diretor e sociólogo Antônio Lopes. Tavares não aceita a mudança de comportamento da mulher Dulce, que deixou de ser “a dona do lar” para frequentar eventos e cursos de arte.

A peça foi escrita pelo psiquiatra Pedro Bloch. A primeira versão estreou em 1950. Retrata o conflito interno de Tavares, sujeito que sai de casa porque a mulher se recusa a ser submissa. Ele foge com a amante Eurídice, para Argentina, mas volta. O romance acabou junto com o dinheiro.

Com a versão mais leve, traz pitadas de humor para reflexão. “Ao chegar em casa, lembranças haveriam de lhe atormentar, causando arrependimento.” Ao fim da peça, o diretor promove um debate sobre a banalização da violência contra a mulher. Haverá a presença de psicólogos para análise das cenas.

O evento tem o apoio do Centro Cultural 25 de Julho, Teutomídia, Foto Silva, Grupo de Teatro Tirando Cena, Escola Gomes Freire, secretarias da Educação, da Assistência Social e da Juventude e comunidade católica, por meio do Onda.

Os ingressos antecipados podem ser adquiridos a R$ 20 com os apoiadores do evento. A entrada será gratuita para mulheres que levarem homens pagantes.

Importância da presença masculina

A montagem do Teatro Social circulou por diversos municípios do RS e de Santa Catarina. A maioria do público é formada por mulheres, lamenta o diretor Lopes. “É uma chance de pensar sobre os relacionamentos.”

Segundo ele, a maior parte dos espectadores vem de secretarias da Assistência Social, com envolvimento direto do Cras e Creas. Lamenta a ausência dos homens. “É a oportunidade de demonstrar o empoderamento da mulher, mesmo que, por meio de um gesto simples, de conseguir fazer com que o homem compareça ao teatro”, finaliza.

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