A ampliação do canil da ONG Amando, Protegendo e Ajudando Muitos Animais (Apama) não deve iniciar neste ano.
Em audiência nessa segunda-feira, moradores do bairro Alto Conventos pediram a retirada da instituição do local. Eles reclamam das fugas, mau cheiro e barulho, causado pelos mais de 300 cães.
O idealizador da iniciativa, o empresário Léo Katz, pretende se reunir na próxima semana com os responsáveis pela Apama para discutir a situação. “Não posso decidir sozinho. Mas talvez a obra fique em banho-maria.”
O agricultor Gilberto Penz afirma que, na ocasião, o empresário se comprometeu em não realizar a ampliação até o início da nova administração municipal.
Um novo encontro está marcado para a primeira semana de fevereiro. “Uma das coisas que queríamos era que ele não fizesse a obra, e conseguimos. Agora, esperamos que o novo secretário – ainda não anunciado – tenha um novo projeto.”
A transferência da entidade para o canil municipal, que fica junto ao aterro sanitário, seria uma das alternativas. Para Katz, essa possibilidade é viável, mas não traria bons resultados. “A falta de cidadania me preocupa. Eu sei que incomoda. Mas cabe a todos resolver. Eu acho que assim só estaremos transferindo o problema para outras pessoas”, considera.
Sem pronunciamento
A presidente da Apama, Ana Rita de Azambuja, reitera que não se pronunciará acerca do assunto. “Não compareci porque não fui convidada. Preciso de uma formalização sobre o que foi discutido. Quero falar com meu jurídico primeiro.” Ela defende que todas as atividades da entidade são legalizadas.
Solução
Para o secretário do Meio Ambiente, José Francisco Antunes, é possível chegar a um consenso. “Falei que estaríamos dispostos a ceder uma área, que havíamos oferecido para outra entidade. Mas preferiram retomar a conversa em fevereiro. Tudo isso precisa ser estudado. Há alternativas.” Ele enfatiza que o município não tem condições de atender cães de rua sozinho.