Corrente do Bem prepara ações para 2017

Lajeado

Corrente do Bem prepara ações para 2017

Associação pretende construir sede própria para ampliar atendimento a crianças de até 6 anos

Corrente do Bem prepara ações para 2017
Lajeado
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O grupo de voluntários Corrente do Bem lançou na noite de ontem a nova identidade visual. A mudança é parte das atividades previstas para 2017, quando devem ser adotadas medidas para melhorar a comunicação e ampliar o número de voluntários. Entre os projetos, está a compra de uma sede própria, para atender as famílias carentes com crianças de até 6 anos.

Criada em 2014, a entidade conseguiu neste ano fazer o registro no CNPJ, tornando-se assim a Associação Soffya Valentina. De acordo com a presidente, Carline Sell, a nomenclatura não muda. “Seguiremos chamando de Corrente do Bem porque é assim que as pessoas conhecem o nosso trabalho.”

Fundadora da associação, Carline espera conseguir ampliar o trabalho nos próximos meses com as novas estratégias. “Nosso objetivo é mostrar a entidade e suas ações para quem não conhece. Buscamos novos parceiros para ajudar nesta caminhada.” A associação faz o recolhimento de roupas para doar a crianças. Os postos de coleta estão espalhados em diversos pontos de Lajeado.

Entre as mudanças do próximo ano, está a contratação de uma assistente social, que hoje atua como voluntária. Ela deve auxiliar na triagem das pessoas que buscam auxílio. A entidade ainda prevê para 2017 um cronograma de ações para arrecadar fundos para a continuidade das atividades e conseguir financiar a nova sede, que receberá o nome de Casa Soffya Valentina.

Da tristeza ao voluntariado

A iniciativa de arrecadar roupas para doar a famílias carentes começou pouco depois de um momento trágico na vida de Carine, do marido Adilvo Ariotti e da filha Agata. No dia 20 de abril de 2014, ela perdeu a filha recém-nascida Soffya Valentina, depois de nove dias de internação no Hospital Bruno Born (HBB).

Dois dias depois da morte da filha, Carine decidiu doar as roupas e fraldas da menina para a UTI neonatal do HBB. “Era um promessa que tinha feito para minha filha, que independentemente do que acontecesse começaria a me envolver em um trabalho voluntário.” O voluntariado foi fundamental para a família superar a perda. “Quando vi minha filha, na época com 7 anos, entrando em depressão decidi que era hora de fazer alguma coisa.”

Dessa forma, cerca de um mês após o acontecido, Carine seguiu coletando doações para os recém-nascidos. Ela lembra de ter muitas dificuldades no começo do trabalho. “Muitos me chamavam de louca na época e diziam para parar com aquilo.”

Apesar das resistências, ela seguiu o trabalho e envolveu toda família. “Percebemos que ajudando os outros estávamos ajudando nossa família a superar a enorme dor da perda.”

Não demorou para fundarem o grupo Corrente do Bem, que iniciou as coletas de roupas por meio de uma página no Facebook. Nesse tempo, eles já atenderam cerca de 300 famílias diretamente e contam hoje com apoio de diversos voluntários e apoio de 26 empresas, as quais colaboram com serviços.

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