A definição da mesa diretora da câmara gera impasse. Marcos Quadros (PSDB), Cleodori Paniz (PSD) e Hélio Brandão da Silva (PTB) compõem a primeira chapa. Candidato a presidente, vice e secretário se uniram por meio de articulação política. PSDB e PSD compõem a mesma coligação.
Em entrevista na semana passada, a segunda vereadora mais votada, Aline Röhrig Kohl (PP), manifestou descontentamento com os critérios de eleição. Segundo ela, a escolha da mesa diretora deveria ser por ordem decrescente, levando em consideração os mais votados.
Conforme o assessor jurídico da câmara, Fábio Gisch, a definição da chapa é independente e não pode ser atrelada ao resultado das eleições. Para compor a mesa, os interessados devem indicar nomes e anunciar os partidos. As chapas podem ser apresentadas até uma hora antes da sessão de posse. Votação interna escolhe o grupo. “Quem elege a mesa é o parlamento. É ato administrativo. Não pode vincular à questão eleitoral, é inconstitucional”, diz o assessor.
Segundo Gisch, nas câmaras de Colinas, Marques de Souza e Travesseiro, onde trabalha, o protocolo é o mesmo. O que pode variar é o tempo limite para a formação das chapas.
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A mesa diretora é responsável por gerir as funções administrativas da câmara. Segundo Gisch que atua como assessor jurídico faz 11 anos, o presidente tem o poder de autorizar viagens, aumentar ou reduzir o valor das diárias. Ele também contrata os servidores do Legislativo e faz ordenamento de despesas.
Em 35 anos desde a emancipação política, a câmara de vereadores recebeu 24 presidentes. Entre eles, oito foram reeleitos ao cargo. Airton Grave e Marcio Vogel lideraram por mais vezes o Legislativo. Três gestões cada. Grave presidiu de 1992 a 1999 e Vogel, de 1998 a 2002. Da chapa para mesa diretora de 2017, apenas Hélio Brandão da Silva já liderou a câmara, em 2006.