Invasão de campo. Agressões contra a arbitragem. Briga entre torcedores. Tudo isso aconteceu no domingo à tarde no confronto entre Juventude, de Westfália, e 25 de Julho, de Cruzeiro do Sul, pela rodada de volta do Regional Aslivata.
O 25 de Julho saiu na frente com gol de Willian Kochenborger. Na segunda etapa, Roger Werkhausen chutou de fora da área, a bola desviou em Carlos e entrou. O gol de empate dava a classificação ao Juventude.
Mas aos 44 minutos e 50 segundos o 25 de Julho chegou forte ao ataque e o goleiro Mateus espalmou para escanteio, mas o lance foi anulado pelo auxiliar Eloar Vieira. Após a marcação, atletas e dirigentes do 25 de Julho encurralaram Vieira no alambrado e um torcedor, pelo lado de fora da cerca, deu-lhe uma gravata.
Responsável pelo trio de arbitragem, Jair Welter, o “Pivi”, estava na partida e relata que os ânimos só se acalmaram com a intervenção de seguranças particulares do Juventude e também da Brigada Militar de Westfália.
Segundo Pivi, o lance que originou toda confusão foi bem assinalado pelo auxiliar e não justifica toda a confusão. “É sempre mais fácil culpar a arbitragem do que assumir os próprios erros.” O responsável pela arbitragem pede para a que Aslivata e demais autoridades punam com rigor os participantes na confusão, para que sirva de exemplo e não volte a se repetir.
Procurado pela reportagem, o presidente do Juventude, Cleomar Trapp, salientou que a diretoria só se manifestará sobre os episódios a partir de hoje.
Já o técnico do 25 de Julho, João Führ, o “Monga”, relata que as confusões começaram a partir da expulsão do volante Giovane por agressão. “Ele nunca agrediu ninguém, ele foi se livrar da marcação e o árbitro deu vermelho direto.”
Monga relata que o lance crucial para iniciar o tumulto foi o impedimento assinalado pelo auxiliar Viera. “Quem tava no jogo viu que não foi impedimento.” O comandante pede para que a Aslivata analise todos os fatos antes de julgar a confusão. “Este árbitro apitou quatro jogos do Juventude, ao nosso ver, ele veio mal intencionado.”
Campeão regional em 1995, Ser São Cristóvão volta à decisão após golear o Aimoré por 4 a 1. Tales Cabeceira marcou de pênalti o quarto gol do time lajeadense
Aslivata lamenta situações
Presidente da Aslivata, Volnei Kochhann estava na partida e saiu pouco antes do início das confusões. Ele lamenta o episódio e diz que os envolvidos serão punidos com rigor. “As regras existem para serem cumpridas e não podemos deixar passar em branco.”
Kochhann pede que as pessoas repensem a maneira de ver o futebol, que o esporte não é feito de fatos como os que aconteceram em Linha Berlim, mas sim de amizade e integração entre as comunidades. “Ou a gente inibe as confusões, ou vai acontecer que não vamos ter vontade de fazer eventos esportivos.”
O presidente informa que a nota oficial, com todos os punidos, será divulgada hoje no site da Aslivata.
Ser São Cristóvão chega à quinta decisão
O Ser São Cristóvão igualou a marca do Gaúcho, de Teutônia, e chega à quinta decisão de Regional. Agora a equipe espera repetir 1995, quando foi campeã em cima do Olarias, também de Lajeado. A classificação à final veio com goleada sobre o Aimoré, de Linha Delfina. Logo aos 30 minutos, Frederico Grave aproveitou rebote do goleiro Mael e abriu o placar. Aos 38 minutos, após contra-ataque, Felipe Dias ampliou a vantagem. Ainda na primeira etapa, aos 49 minutos, Mateus Taffarel ampliou.
Aos 20 minutos do segundo tempo, Japa descontou em cobrança de falta, mas aos 44 minutos Tales Cabeceira cobrou pênalti e deu números finais ao jogo. Com a vitória por 4 a 1 e o empate do Juventude, o time lajeadense tem a vantagem de jogar por dois empates para ficar com o título. O jogo de ida ocorre neste domingo, em Lajeado.
Julian Krindges foi o destaque da partida ao balançar as redes duas vezes
CAN e União Campestre disputam a final aspirante
Em Westfália, o CAN não tomou conhecimento do 11 Amigos e voltou a golear por 4 a 1. Rodrigo Belloti, Alex Agnoletto, Gui Machado e Marciano marcaram para o time de Encantado. Pedro descontou para o 11 Amigos. Na outra partida, o União Campestre, após sair perdendo por 2 a 0 para o Imigrante, buscou a virada na segunda etapa. Jordi e Bã abriram o placar para o time de Estrela. Aos 5 minutos do segundo tempo, Julian Krindges, o “Schmia”, descontou para o União Campestre em cobrança de pênalti. Cinco minutos depois, o mesmo Schmia, aproveitando rebote, empatou a partida. Aos 40 minutos, Gabi Rodrigues marcou o gol da vitória, após contra-ataque rápido.
Na decisão, o CAN tem a vantagem dos dois empates para ficar com o título.
CAN, do lateral Rodrigo Bellotti, avançou à final aspirante ao vencer o 11 Amigos
Empates na categoria veterano
As partidas de ida da semifinal da categoria veterano terminaram empatadas. Em Arroio do Ouro, Estrela, o Arroio do Ouro empatou em 0 a 0 com o Juventude. Já em Palmas, Encantado, União e Águia Azul ficaram no 2 a 2. Na partida de volta, no próximo domingo, Juventude e União jogam pelos empates. Quem vencer avança para a final.
Resultados
Semifinal – Jogo da volta
Categoria titular
Juventude 1 x 1 25 de Julho
Aimoré 1 x 4 Ser São Cristóvão
Categoria aspirante
Imigrante 2 x 3 União Campestre
11 Amigos 1 x 4 CAN
Semifinal – Jogo de ida
Categoria veterano
Arroio do Ouro 0 x 0 Juventude
União 2 x 2 Águia Azul
